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Marcha lenta na EN125
Uma marcha lenta de uma dezena de automóveis em protesto contra as portagens na Via do Infante (A22) causou hoje perturbações no trânsito entre Boliqueime e Faro, na EN 125.
Com batedores da GNR a seguir a coluna de automóveis, os manifestantes partiram em direcção a Faro cerca das 17:00 e terminam a Faro cerca de duas horas depois, após uma passagem pelo aeroporto da cidade.
«Esta marcha serve para demonstrar que, mesmo com alguns automobilistas, porque é dia de semana e as coisas não são fáceis, conseguimos entupir EN125 e mostrar que não constitui alternativa à Via do Infante», explicou João Vasconcelos, da comissão de utentes contra as portagens.
O dirigente da Comissão que representa os utilizadores da A22 afirmou que «o Algarve está a viver uma situação dramática, com 50 mil desempregados, muitas empresas a fechar».
«A luta de rua é para continuar e só resta ao governo suprimir as portagens», disse o representante da comissão, que acusou o Governo de estar a «mentir» quando diz que a decisão da Comissão Europeia que questiona as portagens nas antigas SCUT se refere apenas às isenções e descontos.
Presente na manifestação, o inglês Paul Rees disse que «para os britânicos as portagens são mais um imposto e um imposto negativo.
O turismo perde como se pode ver pela não entrada de espanhóis na região e o que se ganha com as portagens perde-se na [reduzida] actividade turística», afirmou.
Residente em Algoz, no concelho de Silves, desde 1972 com a família, o britânico disse que não tem utilizado a via do infante desde a introdução das portagens, a 8 de Dezembro.
«As pessoas chegam ao aeroporto de Faro e não ficam no Algarve, seguem directamente para Espanha», lamentou.
Por seu turno, o dirigente da comissão de utentes falou ainda do encontro que na sexta-feira reunirá a comissão de utentes e associações empresariais, sindicais e autoridades espanholas em Huelva (Espanha) e que surge no seguimento de uma outra reunião, realizada a 10 de Fevereiro em Ayamonte, na qual foi constituída comissão luso-espanhola pela supressão de portagens na A22.
«O encontro levou à elaboração de um manifesto de apoio a uma área transfronteiriça livre de portagens, envolvendo o Algarve e a província de Huelva.
O manifesto prevê um conjunto de iniciativas junto do Governo português, do Governo espanhol, das entidades da Andaluzia e do Algarve, presidente de câmara e de ayuntamientos, para anular as portagens», explicou Vasconcelos.
O representante da Comissão congratulou-se ainda com as declarações do ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo sobre as portagens no Algarve, nas quais afirmou que «são um travão ao desenvolvimento e cooperação económicas, contra os fluxos turísticos».
Esta posição, para o dirigente, «só vem dar mais força à posição da comissão», que está a estudar a hipótese de também avançar com uma queixa em Bruxelas sobre a medida adoptada pelo Governo português em Dezembro passado.
«É uma matéria que os advogados estão a estudar e pode ser empreendida.
Estamos também à espera dos resultados de uma outra acção que a Federação Nacional de Associações de Transportes de Espanha intentou junto da Comissão Europeia», acrescentou.
Lusa/SOL
Uma marcha lenta de uma dezena de automóveis em protesto contra as portagens na Via do Infante (A22) causou hoje perturbações no trânsito entre Boliqueime e Faro, na EN 125.
Com batedores da GNR a seguir a coluna de automóveis, os manifestantes partiram em direcção a Faro cerca das 17:00 e terminam a Faro cerca de duas horas depois, após uma passagem pelo aeroporto da cidade.
«Esta marcha serve para demonstrar que, mesmo com alguns automobilistas, porque é dia de semana e as coisas não são fáceis, conseguimos entupir EN125 e mostrar que não constitui alternativa à Via do Infante», explicou João Vasconcelos, da comissão de utentes contra as portagens.
O dirigente da Comissão que representa os utilizadores da A22 afirmou que «o Algarve está a viver uma situação dramática, com 50 mil desempregados, muitas empresas a fechar».
«A luta de rua é para continuar e só resta ao governo suprimir as portagens», disse o representante da comissão, que acusou o Governo de estar a «mentir» quando diz que a decisão da Comissão Europeia que questiona as portagens nas antigas SCUT se refere apenas às isenções e descontos.
Presente na manifestação, o inglês Paul Rees disse que «para os britânicos as portagens são mais um imposto e um imposto negativo.
O turismo perde como se pode ver pela não entrada de espanhóis na região e o que se ganha com as portagens perde-se na [reduzida] actividade turística», afirmou.
Residente em Algoz, no concelho de Silves, desde 1972 com a família, o britânico disse que não tem utilizado a via do infante desde a introdução das portagens, a 8 de Dezembro.
«As pessoas chegam ao aeroporto de Faro e não ficam no Algarve, seguem directamente para Espanha», lamentou.
Por seu turno, o dirigente da comissão de utentes falou ainda do encontro que na sexta-feira reunirá a comissão de utentes e associações empresariais, sindicais e autoridades espanholas em Huelva (Espanha) e que surge no seguimento de uma outra reunião, realizada a 10 de Fevereiro em Ayamonte, na qual foi constituída comissão luso-espanhola pela supressão de portagens na A22.
«O encontro levou à elaboração de um manifesto de apoio a uma área transfronteiriça livre de portagens, envolvendo o Algarve e a província de Huelva.
O manifesto prevê um conjunto de iniciativas junto do Governo português, do Governo espanhol, das entidades da Andaluzia e do Algarve, presidente de câmara e de ayuntamientos, para anular as portagens», explicou Vasconcelos.
O representante da Comissão congratulou-se ainda com as declarações do ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo sobre as portagens no Algarve, nas quais afirmou que «são um travão ao desenvolvimento e cooperação económicas, contra os fluxos turísticos».
Esta posição, para o dirigente, «só vem dar mais força à posição da comissão», que está a estudar a hipótese de também avançar com uma queixa em Bruxelas sobre a medida adoptada pelo Governo português em Dezembro passado.
«É uma matéria que os advogados estão a estudar e pode ser empreendida.
Estamos também à espera dos resultados de uma outra acção que a Federação Nacional de Associações de Transportes de Espanha intentou junto da Comissão Europeia», acrescentou.
Lusa/SOL