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Beja cria FarmVille real em que se gere hortas na net e recebe produtos em casa

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Beja cria FarmVille real em que se gere hortas na net e recebe produtos em casa

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O famoso jogo FarmVille tornou-se realidade graças a um projecto «inovador» do Instituto Politécnico de Beja (IPB), que permite gerir hortas reais através da Internet, sem «mexer na terra», e receber em casa os produtos produzidos.

O projecto MyFarm.com, desenvolvido por um professor e cinco alunos do IPB, transpõe para a realidade a lógica do Farmville, no qual o jogador gere uma quinta, em que, por ser virtual, nunca chega a provar o que produz.

O MyFarm.com permite a uma pessoa, residente num meio urbano e que «não tem tempo ou paciência» para hortifruticultura, ter uma horta real gerida pela Internet, explicou à Agência Lusa o professor e coordenador do projeto Luís Luz.

Através do projeto, o cliente pode produzir os produtos que quiser e sem «mexer na terra», porque só tem que gerir a horta pela Internet e todo o trabalho de campo é feito pela equipa do projeto.

Os clientes «controlam a sua horta totalmente na Internet», como no jogo, mas têm a «grande vantagem» de aquela ser real, «ao ponto de receberem» os produtos em casa e de «saberem como foram produzidos, desde a sementeira à colheita», frisou.

A equipa está a aceitar pré-inscrições para o MyFarm.com, cuja fase piloto, num investimento de 10 mil euros, destina-se a clientes da cidade de Beja e da vila de Cuba e vai funcionar em 20 parcelas, com 49 metros quadrados cada, do Centro Hortofrutícola do IPB.

«Já temos 18 pré-inscrições» e a fase piloto deverá arrancar «ainda este mês ou em Abril», disse Luís Luz, que, a médio prazo, espera alargar o projeto aos grandes centros urbanos do sul do país.

Após inscrição, o cliente regista-se em MyFarm.com | A Sua Horta, os Seus ProdutosMyFarm.com | A Sua Horta, os Seus Produtos e adquire, por 60 euros, os pontos necessários para pagar a primeira mensalidade da renda da parcela e os primeiros trabalhos na horta.

A parcela é arrendada por um mínimo de seis meses e o cliente tem um custo fixo de 25 euros/mês, relativo à renda e ao qual acrescem custos variáveis e associados aos trabalhos na horta: cavar a terra, semear, regar, mondar ou colher.

Na área pessoal, o cliente, através de uma planta virtual, 'desenha' a horta ao escolher e arrastar os produtos para a parcela e ao definir as áreas a semear, de acordo com a época do ano.

Ao mesmo tempo, surgem dados auxiliares da gestão, como uma estimativa dos custos totais de produção e das datas de colheita, e, no final, as decisões do cliente são enviadas ao respetivo gestor, que as implementará no terreno.

O cliente terá, na área pessoal, as informações sobre o desenvolvimento da horta, que poderá observar via internet, já que será filmada 24 por dia através de câmara web.

As operações na horta são pagas quando forem pedidas, explicou Luís Luz, garantindo que o custo dos produtos, após entrega, será, na maioria das vezes, “inferior ou muito semelhante” aos preços de mercado.

«O cliente não tem que perceber de hortifruticultura», porque, sempre que for necessário fazer trabalhos na horta, o gestor informa e aconselha o cliente, que tem a decisão final.

O MyFarm.com, um projecto «inovador» e «semi-académico», permitiu criar uma empresa e o objectivo é que, depois de «afinado», se torne um negócio para os alunos envolvidos, alargando-o a centros urbanos, como Lisboa, Porto e Setúbal, «onde há um mercado efectivo», disse.


Lusa/SOL
 
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