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Ordem anuncia realização de 'estudo rigoroso' sobre demografia médica

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Ordem anuncia realização de 'estudo rigoroso' sobre demografia médica

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O presidente do Conselho do Norte da Ordem dos Médicos anunciou hoje a realização de «um estudo rigoroso, com base científica», que determine a demografia médica e necessidades futuras de médicos em Portugal, por especialidade e região.

«Só assim será possível esclarecer verdadeiramente a opinião pública e apontar as necessidades reais do sistema de saúde para os próximos anos», afirmou Miguel Guimarães.

Num comunicado enviado à Lusa, o presidente da OM/Norte critica «a falta de rigor e de objectividade» de um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre a actividade dos Centros Hospitalares, divulgado segunda-feira.

De acordo com esse estudo da ERS, citado pela OM/Norte, «todas as unidades apresentam um número de médicos abaixo da média europeia», que é de 3,3 médicos por mil habitantes.

«Recordamos, porém, que o relatório mais recente (2011) aponta para um ratio de médicos em Portugal na ordem dos 3,9 por mil habitantes, significativamente superior à média dos Países da OCDE (3,3) e a países como Alemanha, Espanha, França, Bélgica e Reino Unido», disse Miguel Guimarães.

Refere ainda que «os valores entram igualmente em contradição» com as afirmações do ministro da Saúde no debate sobre a aplicação do Orçamento de Estado no sector, referindo a este propósito a existência de «mais de mil» médicos especialistas em excesso nos hospitais.

«O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos não se mostra surpreendido com nova incongruência em matéria de demografia médica, no entanto, não pode deixar de lamentar a falta de rigor e de objectividade com que esta situação é tratada por entidades mandatadas pelo Ministério da Saúde», considera Miguel Guimarães.

E é com o objectivo de «clarificar as necessidades reais do sistema de saúde para os próximos anos» que a Ordem dos Médicos decidiu avançar com o seu próprio estudo.

Entretanto, considera Miguel Guimarães, «vamos assistindo à tentativa do poder político de baralhar todos os dados sobre esta matéria de primordial importância para os doentes, para os médicos e alunos de medicina e para o País. Os dados objectivos que existem neste momento não oferecem qualquer tipo de dúvidas».

«A continuar com este ritmo, teremos seguramente médicos a mais, com a consequente diminuição da qualidade dos cuidados de saúde. Em nome do bom senso (regra essencial da boa gestão a qualquer nível) e dos doentes, exigimos mais transparência e rigor na avaliação desta situação», acrescenta.


Lusa/SOL
 
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