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É o grande recreio virtual: adultos e menos adultos, anda lá quase toda a gente. Mas o novo meio de comunicação trouxe algumas dúvidas aos pais, e nada como descodificá-las..
Pedimos à psicóloga Teresa Paula Marques, atualmente a preparar um doutoramento sobre os jovens e as redes sociais, que nos respondesse às perguntas mais urgentes.
1. A partir de que idade se podem inscrever no Facebook?
É imposto como limite inferior os 14 anos. Certo é que existem muitas crianças inscritas.
2. Que vantagens e desvantagens pode ter o FB na vida deles?
As desvantagens estão associadas à exposição de conteúdos ou imagens, mas também são derivadas da interatividade. Esta é um pau de dois bicos, ou seja, se por um lado é o que atrai os jovens, por outro pode facilitar a ocorrência de assédio sexual, ‘cyberbullying’ ou a adesão a grupos com mensagens negativas (incitação a comportamentos de risco, ou veiculação de ideias xenófobas, racistas, homofóbicas, etc…). Ainda assim, as redes têm muitos aspetos positivos. A possibilidade de estreitar laços com amigos distantes, partilha de materiais para trabalhos, informação atualizada. Não podemos esquecer a possibilidade de encontrar apoio emocional, partilhar problemas com os amigos e evitar a solidão, aspetos fundamentais na adolescência.
3. Tenho um filho adolescente no FB. Como mãe devo pedir-lhe amizade ou isso é uma brecha de intimidade?
É uma questão polémica, mas muitos estudos apontam para que a presença dos pais na página dos filhos poderá ser um fator de proteção no que respeita ao assédio sexual. Penso que não há problemas em pedir amizade, importa é que os pais se saibam posicionar corretamente e não sejam demasiado intrusivos. Ou seja, poderão estar lá, mas há que evitar cair na tentação de comentar todos os posts, colocar “likes” em todas as fotografias, ou seja, ser uma presença mais silenciosa… caso contrário arrisca-se a ser “desamigado” ou mesmo bloqueado.
4. Deve-se fazer alguma recomendação sobre o uso do FB ou eles já sabem mais do que nós?
A maior parte dos jovens sabe bastante mais do que os pais. Por isso seria bastante útil que os mais velhos se tentassem informar minimamente, porque este é um fenómeno que veio para ficar. De nada vale proibir o seu uso, porque o jovem tem acesso ao Facebook em qualquer lugar, basta querer.
5. Vejo qualquer coisa na página dele que não me agrada: foto, comentário. Que devo fazer?
Falar com ele diretamente sobre o assunto. Jamais deverá fazer um comentário diretamente no mural.
6. Deve haver um limite ao tempo que passam no FB?
Em tempo de aulas e durante a semana, o máximo 1 hora por dia. Em fins de semana e férias poderá ser mais.
7. O computador deve estar numa zona familiar ou no quarto dele?
O computador com acesso à internet deve estar num lugar comum à família (por exemplo na sala) para que seja possível aos pais aperceberem-se daquilo que o jovem está a fazer. Se estiver no quarto sai completamente do controlo.
In:activacrianças
Pedimos à psicóloga Teresa Paula Marques, atualmente a preparar um doutoramento sobre os jovens e as redes sociais, que nos respondesse às perguntas mais urgentes.
1. A partir de que idade se podem inscrever no Facebook?
É imposto como limite inferior os 14 anos. Certo é que existem muitas crianças inscritas.
2. Que vantagens e desvantagens pode ter o FB na vida deles?
As desvantagens estão associadas à exposição de conteúdos ou imagens, mas também são derivadas da interatividade. Esta é um pau de dois bicos, ou seja, se por um lado é o que atrai os jovens, por outro pode facilitar a ocorrência de assédio sexual, ‘cyberbullying’ ou a adesão a grupos com mensagens negativas (incitação a comportamentos de risco, ou veiculação de ideias xenófobas, racistas, homofóbicas, etc…). Ainda assim, as redes têm muitos aspetos positivos. A possibilidade de estreitar laços com amigos distantes, partilha de materiais para trabalhos, informação atualizada. Não podemos esquecer a possibilidade de encontrar apoio emocional, partilhar problemas com os amigos e evitar a solidão, aspetos fundamentais na adolescência.
3. Tenho um filho adolescente no FB. Como mãe devo pedir-lhe amizade ou isso é uma brecha de intimidade?
É uma questão polémica, mas muitos estudos apontam para que a presença dos pais na página dos filhos poderá ser um fator de proteção no que respeita ao assédio sexual. Penso que não há problemas em pedir amizade, importa é que os pais se saibam posicionar corretamente e não sejam demasiado intrusivos. Ou seja, poderão estar lá, mas há que evitar cair na tentação de comentar todos os posts, colocar “likes” em todas as fotografias, ou seja, ser uma presença mais silenciosa… caso contrário arrisca-se a ser “desamigado” ou mesmo bloqueado.
4. Deve-se fazer alguma recomendação sobre o uso do FB ou eles já sabem mais do que nós?
A maior parte dos jovens sabe bastante mais do que os pais. Por isso seria bastante útil que os mais velhos se tentassem informar minimamente, porque este é um fenómeno que veio para ficar. De nada vale proibir o seu uso, porque o jovem tem acesso ao Facebook em qualquer lugar, basta querer.
5. Vejo qualquer coisa na página dele que não me agrada: foto, comentário. Que devo fazer?
Falar com ele diretamente sobre o assunto. Jamais deverá fazer um comentário diretamente no mural.
6. Deve haver um limite ao tempo que passam no FB?
Em tempo de aulas e durante a semana, o máximo 1 hora por dia. Em fins de semana e férias poderá ser mais.
7. O computador deve estar numa zona familiar ou no quarto dele?
O computador com acesso à internet deve estar num lugar comum à família (por exemplo na sala) para que seja possível aos pais aperceberem-se daquilo que o jovem está a fazer. Se estiver no quarto sai completamente do controlo.
In:activacrianças