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BES admite escassez de crédito para empresas de mercado doméstico
O presidente do BES, Ricardo Salgado, recusou hoje um ‘credit crunch’ na economia portuguesa mas admitiu que haja escassez de crédito em alguns sectores, sobretudo em empresas que trabalham quase exclusivamente no mercado interno.
«Não há um ‘credit crunch’ global. Pode haver ‘credit crunch’ sectorial em empresas viradas para mercado interno», afirmou hoje Salgado, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
Salgado disse mesmo que o banco tem aumentado o crédito concedido às Pequenas e Médias Empresas (PME) exportadoras.
Segundo o responsável, o «risco país» é o principal problema para conseguir financiamento nas empresas que actuam quase centradas no mercado doméstico.
Ainda assim, Salgado afirmou que os «mercados ainda não entenderam» o trabalho que está ser feito por Portugal.
Quanto à meta imposta pela ‘troika’ ao sector financeiro em Portugal de reduzir o rácio de transformação de depósitos em crédito para 120 por cento em 2014, o presidente do BES admite que há actualmente uma «flexibilidade» para o cumprimento deste objectivo, de modo a permitir o financiamento à economia.
«Os objectivos mantêm-se, mas com carácter indicativo», disse o banqueiro.
Lusa/SOL