• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Jeremy Irons: 'Há qualquer coisa de muito mágico em Portugal'

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
ng1208702_435x190.jpg


'Há qualquer coisa de muito mágico em Portugal'


Dezoito anos depois de terem filmado A Casa dos Espíritos em Portugal, o actor Jeremy Irons e o realizador Billie August estão de regresso ao país para, desta vez, transpor para o grande ecrãComboio Nocturno para Lisboa, uma adaptação do romance homónimo de Pascal Mercier.

As filmagens desta longa-metragem, uma produção luso-alemã-suíça, começam amanhã, segunda-feira, dia 19, e decorrem até 15 de Maio.

Veja aqui a fotogaleria

Sobre o regresso ao nosso país, o actor britânico disse estar«muito contente», uma vez que as recordações que tem de 'A Casa dos Espíritos' «são muito felizes».

«Estivemos imenso tempo no Alentejo, como sabem, e depois em Lisboa, e há qualquer coisa de muito mágico no vosso país», mencionou Jeremy Irons hoje à tarde, numa conferência de imprensa de apresentação de 'Comboio Nocturno para Lisboa', no Hotel Pestana Palace.

«Ontem [sábado] na viagem de avião de Londres para cá, comecei a lembrar-me porque gosto tanto de Portugal. Estou muito entusiasmado com as próximas quatro semanas», reforçou.

Quanto à sua personagem, o actor explicou que RaimundGregorious é«um filósofo e professor de latim suíço, umhomem que vive por sua conta e que acaba por se encontrar durante uma série de acontecimentos numa viagem de comboio para Lisboa».

A história relata ainda o encontro de Raimund com um misterioso autor português, Amadeu de Prado, um aristocrata rebelde opositor ao regime de Salazar.

Questionado sobre qual é o seu conhecimento sobre este período da história portuguesa, Jeremy Irons pediu para lhe perguntarem daqui a um mês.

«Estou no processo de aprender.

Acabei agora de filmar a nova adaptação deHenry IV, deShakespeare [para a BBC], e neste momento sei muito sobre ele.

Daqui a quatro semanas saberei mais sobre Salazar», assumiu.

«Para mim», acrescentou, «parte da história é sobre um homem a abrir-se, a tornar-se consciente da vida de uma forma que nunca tinha pensado antes.

Por isso, 'Comboio Nocturno' para Lisboa é uma história de descoberta, de mistério e de aventura».

O realizador dinamarquês Billie August também sublinhou oentusiasmado por estar, de novo, a filmar em Lisboa e revelou que quando lhe fizeram o convite para realizar 'Comboio Nocturno para Lisboa' aceitou na hora.

«Li o livro, há seis anos, por causa de Lisboa e durante a leitura voltei à vossa cidade.

O que gosto em Lisboa é o facto de ser uma cidade cheia de mistérios, de segredos.

Como o Jeremy disse há uma magia na cidade e esse vai ser o desafio maior: apanhar e reproduzir esse mistério no nosso filme», comentou.

Além de Jeremy Irons, o filme conta, entre outros, com a participação da actriz Mélanie Laurent, Charlotte Rampling, Christopher Lee e, do lado nacional, Nicolau Breyner e Beatriz Batarda.

Quatro milhões de euros ficam em Lisboa

Ana Costa, da Cinemate, a produtora nacional do filme, também esteve presente na conferência de imprensa e manifestou o seu orgulho em fazer parte deste projecto.

«Noventa por cento da rodagem será feita em Lisboa e penso que esta é a primeira vez que o nome da cidade aparece no título de um filme com esta projecção internacional.

Isto é uma grande rampa de lançamento na divulgação de Lisboa no mundo», considerou a produtora, sublinhando ainda os cerca de quatro milhões de euros que o filme vai deixar na cidade.

«Esta co-produção europeia tem um investimento de 7,740 milhões de euros, sendo que mais de 3,500 são despendidos em Lisboa».

Além disto, Ana Costa falou ainda dos problemas que o cinema nacional atravessa, nomeadamente a paralisação, há quase quatro anos, do Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA).

«A nível europeu tivemos o apoio do fundo Eurimages, e a nível nacional do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e do FICA, mas tivemos de nos substituir ao Fundo porque essa verba nunca chegou», lamentou.

Solidário com a situação actual do cinema em Portugal, Günther Russ, produtor alemão do Studio Hamburg, disse que apesar de não conhecer exactamente o que se passa, ouviu com atenção do discurso «dos dois realizadores [Miguel Gomes e João Salaviza] premiados no Festival de Berlim».

Por isso, reforçou, que todos os Estados devem apoiar o cinema porque é uma actividade com retorno económico.«Nós estamos aqui em Lisboa a gastar dinheiro!», disse, de peito cheio.


SOL
 
Topo