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Efeitos da greve sentidos desde a recolha de lixo até aos hospitais

florindo

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Efeitos da greve sentidos desde a recolha de lixo até aos hospitais


Lixo por recolher, consultas e cirurgias adiadas, escolas encerradas ou a meio gás e transportes parados ou reduzidos aos serviços mínimos deverão ser os efeitos mais visíveis da greve geral convocada para hoje pela CGTP.

Os primeiros efeitos da paralisação fizeram-se sentir no início da noite de quarta-feira, com o início dos turnos do pessoal das autarquias que recolhe o lixo e assegura a limpeza das ruas, assim como dos turnos dos enfermeiros e pessoal auxiliar dos hospitais.

Os comboios da CP começaram a sofrer as primeiras perturbações a partir das 22h00 e o metro fechou às 23h20.

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP vai condicionar o trânsito no Marquês de pombal, Rossio, Chiado e nas ruas até ao Parlamento, devido à manifestação prevista para o início da tarde em Lisboa.

Esta é a oitava greve geral convocada pela CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses. O protesto surge contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade, acontecendo quatro meses após a última greve geral.

Ao longo do dia de hoje a população deverá ser confrontada com dificuldades de acesso aos serviços de saúde, educação, justiça, cultura e transportes:

Transportes

Comboios, barcos, metro e autocarros serão afetados pela greve geral.

O metro e o grupo Transtejo/Soflusa não terão serviços mínimos, mas para a Carris foram fixados serviços mínimos que correspondem a cerca de 13 por cento do serviço normal da empresa. Os serviços mínimos fixados para a CP incluem a realização de 315 comboios, face aos quase 1.500 previstos pela empresa para um dia normal.

A norte, a greve deverá afectar a operação da Sociedade de Transportes Coletivos dos Porto (STCP) e o Metro do Porto informou que vai funcionar em horário reduzido (07:00-21:00) e não terá ligações a Matosinhos, Póvoa, Maia, Aeroporto e Gondomar.

Para a STCP foram fixados serviços mínimos, que incluem o funcionamento a 100 por cento das linhas 4M e 5M (madrugada), bem como o funcionamento a 50 por cento de várias linhas durante a manhã e a tarde.

A Fertagus prevê reunir «todas as condições para o normal funcionamento da sua actividade».

No setor aéreo, a ANA, gestora dos aeroportos portugueses, aconselha os passageiros a confirmarem os seus voos antes de irem para o aeroporto, dada a possibilidade de ocorrerem cancelamentos.

Também os táxis se irão solidarizar com a greve, com a Federação Portuguesa do Táxi a recomendar aos seus associados o uso de uma fita negra nas viaturas, simbolizando luto pela situação do país.

Educação

A Federação Nacional dos professores (FENPROF) prevê «uma forte adesão à greve por parte dos professores», o que deverá deixar muitos alunos se aulas.

Saúde

A Federação Nacional dos Médicos prevê o adiamento da atividade programada, nomeadamente as consultas externas e as cirurgias marcadas.

Os enfermeiros também aderem à greve e Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse à Lusa que nos contactos que tem mantido com os profissionais identificou uma «grande revolta» e «desmotivação». E é por causa desta «revolta» e «desmotivação» que muitos profissionais concordam com os motivos da greve.

As urgências são sempre asseguradas.

Justiça e Administração Interna

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) vai aderir à greve geral, sendo que os serviços mínimos correspondem aqueles que são assegurados nos turnos dos tribunais, designadamente para os processos considerados urgentes, nomeadamente com arguidos presos.

Outras associações e sindicatos do setor, designadamente o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a Associação Sindical dos Funcionários da Investigação Criminal (ASFIC) da Polícia Judiciária (PJ) não aderiram ao protesto, mas responsáveis das estruturas sindicais disseram à Lusa que os seus associados são livres de fazerem greve se assim o entenderem.

Na área da segurança, os sindicatos dos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Corpo Nacional da Guarda Prisional e das Polícias também não vão aderir à greve geral, apesar de terem participado na última paralisação de 24 de novembro.

Cultura

Na área da cultura a greve deverá sentir-se em serviços como a Biblioteca Nacional, Direção-Geral de Arquivos ou no Instituto dos Museus.

Lusa/SOL
 
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