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Trabalhadores da Soares da Costa temem despedimento colectivo por causa do TGV

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Trabalhadores da Soares da Costa temem despedimento colectivo por causa do TGV


O Sindicato da Construção de Portugal alertou hoje que o abandono do troço do TGV entre Poceirão e Caia poderá obrigar a Soares da Costa a recorrer ao despedimento colectivo de «centenas» de trabalhadores que se tornarão excedentários.

«O cancelamento do Poceirão pode levar ao despedimento colectivo de centenas de trabalhadores da Soares da Costa, vemos isso com bastante apreensão», afirmou o presidente do sindicato em declarações à agência Lusa.

A Soares da Costa lidera, juntamente com a Brisa, o consórcio Elos, ao qual foi adjudicado o projecto de ligação de alta velocidade ferroviária Poceirão-Caia, cujo contrato foi chumbado pelo Tribunal de Contas, levando quinta-feira o Governo a anunciar que o projecto do TGV será «definitivamente abandonado».

Segundo recordou Albano Ribeiro, que na semana passada se reuniu com o presidente do conselho de administração da construtora, nos últimos tempos a empresa tem já vindo a negociar rescisões amigáveis «com mais de 200 trabalhadores».

Estando prevista para meados do ano a conclusão das obras da auto-estrada transmontana, onde a Soares da Costa terá «cerca de 200» trabalhadores afectos, o sindicalista alerta que, não podendo estes ser transferidos para a obra do Poceirão/Caia, se tornarão excedentários.

«Agora, ou [a Soares da Costa] concorre e ganha algumas obras para onde pode transferir trabalhadores após a conclusão da transmontana, ou tem como hipótese recorrer ao despedimento colectivo», sustentou.

Em declarações, quinta-feira, à agência Lusa, o presidente executivo da Soares da Costa disse confiar que a empresa será capaz de, nos mercados externos, nomeadamente em Angola e Moçambique, «substituir esta perda por novos projectos».

«Esperamos conseguir angariar novos projectos que permitam substituir este volume de obra agora perdido em Portugal e que seria para executar nos anos 2013 a 2015», afirmou António Castro Henriques.

De acordo com Albano Ribeiro, também nas obras da auto-estrada transmontana há o risco de «uma grande explosão social», porque «muitos subempreiteiros» estão a comunicar ao sindicato que não conseguirão pagar salários devido a alegados problemas no financiamento da obra.

«Pode surgir ali uma grande explosão social com o não pagamento aos subempreiteiros do trabalho realizado e a consequente falta de condições destes para pagarem aos trabalhadores», denunciou o dirigente sindical.

Lusa/SOL
 
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