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Suspeito de abusar menores nega crimes

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Suspeito de abusar menores nega crimes


O suspeito de molestar sexualmente dois menores com deficiências cognitivas que estavam aos cuidados das Oficinas de S. José, no Porto, negou esta terça-feira os crimes que lhe são imputados.

Num julgamento à porta fechada, iniciado na tarde desta terça-feira na 4.ª Vara Criminal do Porto, o arguido admitiu apenas relações de amizade com os rapazes que, à data dos factos, tinham idades entre os 12 e os 15 anos, sublinhou fonte ligada ao processo.

O arguido, um empregado de mesa de 54 anos, residente em Ramalde, Porto, atualmente sob vigilância eletrónica, está acusado por três crimes de abuso sexual de crianças e três de recurso à prostituição de menores.

Cada um destes crimes é punível com prisão entre três e 10 anos, mas, no caso do recurso à prostituição de menores, a reclusão pode ser substituída por multa.

No final desta primeira audiência, a defesa do empregado de mesa nada quis dizer aos jornalistas, escudando-se no facto de o coletivo incumbido do processo ter optado por um julgamento com exclusão de publicidade.

Num despacho proferido imediatamente antes do início das audiências, a magistrada que preside ao julgamento invocou o artigo 87, número 3, do Código do Processo Penal (exclusão de publicidade em casos de crimes sexuais), para decidir que a produção de prova seria feita à porta fechada.

Da exclusão de publicidade exclui-se, obviamente, a leitura do acórdão.

Também durante esta sessão, foi ouvido um menor, amigo das alegadas vítimas.

Enquanto depôs, o arguido foi retirado da sala de audiências.

As alegadas vítimas já tinham prestado depoimento para memória futura, com validade igual à dos testemunhos presenciais.

Segundo a acusação da 1.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, o empregado de mesa agora levado a julgamento dava-se como padrinho de um dos menores institucionalizados e terá aproveitado essa circunstância para se aproximar, entre fevereiro de 2008 e março de 2010, de outros rapazes acolhidos pelas Oficinas de S. José.

A abordagem aos menores era feita sempre para "lograr manter com eles contactos de natureza sexual", que se consumavam em sítios tão distintos com a residência do arguido, uma habitação em construção ou outra devoluta, refere o DIAP.

Em algumas circunstâncias, o arguido obrigaria os menores a envolverem-se em atos sexuais, acrescenta.

As condições daquela instituição para receber menores de risco foram questionadas publicamente após se saber que alguns internos se envolveram, em 2006, em sevícias ao transexual brasileiro Gisberto Santos Júnior, que se viriam a revelar fatais.

Jornal de Notícias
 
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