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António Fernandes à saída do tribunal.
Agentes da PSP contrariam acusação contra manifestante
Afinal, António Fernandes, descrito como agitador pelas autoridades por ter um petardo na manifestação no dia da greve geral e, posteriormente acusado pelo movimento "Anonymus" como sendo agente à paisana provocador, é um trabalhador portuário que foi - juntamente com sete colegas - à manifestação para protestar contra os cortes de salários da sua empresa do porto de Aveiro.
Estava acusado de resistência e coação a funcionário, segundo o Ministério Público (MP), por ter empurrado os agentes da PSP e resistido à detenção, mas os dois polícias foram ao tribunal dizer que António Fernandes nem reagiu nem os agrediu.
O_petardo que lhe foi encontrado mais tarde na esquadra está descrito na acusação como "artifício de divertimento".
O caso foi ontem ao Tribunal de primeira instância criminal de Lisboa e o próprio procurador do MP pediu a absolvição, depois de ter ouvido os agentes da PSP e dois colegas de trabalho de António Fernandes.
As testemunhas de defesa, também trabalhadores no porto de Aveiro, disseram que a PSP o algemou com tiras de plástico e o retirou para junto da viatura da polícia.
Acrescentaram que os agentes não usaram violência e até foram sensíveis às advertências dos colegas que foram explicando aos elementos policiais que António tinha um pacemaker.
A acusação do MP_caiu, assim, por terra, contrariada por todos os depoimentos.
Jornal de Notícias