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Amarante: Área ardida já é 30 vezes superior à de 2011

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Amarante: Área ardida já é 30 vezes superior à de 2011


A área ardida no concelho de Amarante, nos primeiros três meses do ano, é 30 vezes superior à de igual período do ano passado e as ocorrências sete vezes superiores às de 2011, disse à Lusa fonte da protecção civil.
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Dados oficiais, que reportam ao período até 14 de Março, apontam para uma área ardida de 376,8 hectares, a maioria na serra do Marão, muito superior, portanto, aos 11,66 hectares registados nos primeiros três meses do ano passado.

À Lusa, Hélder Ferreira, vereador da protecção civil municipal, estimou que a área ardida no concelho esteja próxima dos 300 hectares, porque, sublinhou, desde 14 de Março já se verificaram alguns incêndios de média dimensão.

Para Gonçalo Monteiro, segundo comandante dos bombeiros locais, esta situação é "insustentável" para a corporação, porque há dias com seis ou sete incêndios em vários pontos do concelho.

"Não há contabilidade que aguente isto", disse, garantindo não se lembrar de situação igual nos cerca de 33 anos que tem como bombeiro.

Os dados oficiais comprovam que só nos primeiros três meses deste ano houve mais área ardida do que no total de 2011, incluindo o verão, ao longo do qual se registaram 212,5 hectares.

Em termos de ocorrências, os números oficiais destes primeiros meses de 2012 também apontam para um crescimento acentuado. Em 2011 há registo de 28 fogos, mas, em 2012, só até 14 de Março, a protecção civil assinalou 156 ignições.

Hélder Ferreira disse à Lusa que a zona do concelho que tem sido mais afectada é a serra do Marão, destacando o incêndio verificado na localidade de Carneiro, mas iniciado do lado de Baião, com uma área ardida de 120 hectares.

Apesar da extensão dos estragos provocados pelos incêndios, o responsável ressalva que só uma "pequena parte" afectou zona de floresta, nomeadamente pinhal.

No entanto, à Lusa, o autarca não nega estar "muito preocupado" com o que poderá acontecer, nas serras do Marão e da Meia Via, nos próximos meses, se "não chover a sério".

"Nos montes há muita massa combustível e isso é autêntica pólvora. Se não chover, vamos ter um problema muito sério", afirmou.

Hélder Ferreira recorda o ano de 2005, também muito seco, ao longo do qual se registaram mais de 451 incêndios no concelho, destruindo cerca de 2.663 hectares.

Gonçalo Monteiro, dos bombeiros de Amarante, conhece estes números e por isso está preocupado com o presente, atendendo aos "custos elevadíssimos" que está a provocar na corporação, sobretudo danos em viaturas.

"O Estado deve estar atento ao esforço dos bombeiros", lembrou, reclamando a declaração, pela protecção civil nacional, do alerta amarelo.

Também o desgaste no pessoal inquieta o comandante, explicando que, nesta altura do ano, os corpos de bombeiros voluntários não estão preparados para acorrer a tantas situações.

"Os meus bombeiros estão exaustos, não tenho força moral para lhes pedir mais", exclamou, admitindo que a situação pode ficar "insustentável" se os incêndios continuarem neste ritmo.


C.D.Manha
 
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