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Proposta para monitorizar Internet e comunicações gera polémica no Reino Unido

Fonsec@

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Uma proposta do Governo do Reino Unido que prevê a monitorização da Internet e das comunicações electrónicas dos britânicos está a causar polémicaEm causa está uma proposta de legislação do Governo britânico justificada com o combate ao terrorismo e à criminalidade.
No centro da polémica está a possibilidade de as autoridades poderem monitorizar as comunicações dos britânicos, incluindo chamadas, e-mails e mensagens de texto, assim como os sites visitados.
De acordo com informação avançada pela BBC, no âmbito da proposta, que deverá ser apresentada em breve, os operadores de serviços de telecomunicações serão obrigados a disponibilizar estes dados em tempo real, sempre que sejam requisitados por uma agência de inteligência.
A proposta substituirá a legislação actual, que obriga os operadores a guardarem este tipo de informação durante 12 meses, para o caso de ser pedida pelas autoridades.
Citado pela estação britânica um deputado conservador, David Davis, considera que esta é «uma extensão desnecessária da possibilidade do estado espreitar o cidadão comum».
Um porta-voz do executivo britânico sublinha contudo que esta proposta não irá incidir no conteúdo das comunicações, mas apenas em pormenores sobre, por exemplo, quem fez uma chamada, quem a recebeu e quando.
Também Nick Clegg, companheiro da coligação governamental liderada de David Cameron, já rejeitou as críticas ao afirmar ser «totalmente contra a ideia de ter um governo a ler os e-mails das pessoas à vontade ou capaz de criar uma nova base de dados governamental», realçando que não iria apoiar uma iniciativa desse tipo.

O mesmo responsável acrescenta que «tudo o que estamos a fazer é a actualizar as regras actualmente aplicadas às chamadas de telemóvel, para permitir à polícia e aos serviços de segurança irem atrás dos terroristas e criminosos e actualizamo-as para poderem ser aplicadas a tecnologias como o Skype que são cada vez mais utilizadas por pessoas que querem fazer essas chamadas e enviar esses e-mails».
Em declarações à BBC um activista dos direitos da privacidade, Nick Pickles, considera que esta proposta «é um passo sem precedentes que verá o Reino Unido a adoptar o mesmo tipo de vigilância que vemos na China ou no Irão».
Posição semelhante tem outro activista, Shami Chakrabarti, que define os planos de Londres como «um passo trágico para a democracia».
A apresentação da proposta está prevista para o próximo mês de Maio, antes de ser discutida no Parlamento britânico, onde se prevê que também venha a enfrentar uma dura oposição dentro dos principais partidos, incluindo os que apoiam a coligação governamental.

SOL

 
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