• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Mais de 100.000 empregos em risco nas renováveis

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
ng1218045_435x190.jpg


Mais de 100.000 empregos em risco nas renováveis

O presidente do consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP), responsável pela instalação de 1.200 MegaWatt (MW) de potência eólica, afirmou hoje que estão em risco 130 mil empregos na área das renováveis, porque a atividade nacional "está parada".

"Não são 130 mil postos de trabalho que estão em suspenso, estão mesmo em risco para o futuro. Nesta altura, em Portugal está a desinvestir-se, quando o resto do Mundo está a investir nas energias renováveis. Cá pararam, estamos em contraciclo", apontou Aníbal Fernandes, em declarações à agência Lusa.

Em causa, afirmou, estão empregos diretos e indiretos na fileira das renováveis, sobretudo hídricas e eólicas, face à "paragem" da atividade, nomeadamente com a revisão dos incentivos, taxas e tarifas anunciada pelo Governo.

"Estamos a falar de fábricas de aerogeradores que empregam muita gente, da construção de barragens, da projeção e gestão de parques, entre outros", disse ainda, à margem da visita de um grupo de seis deputados do parlamento federal alemão às fabricas da Enercon em Viana do Castelo.

Em Portugal, o consórcio ENEOP realizou um investimento de 188 milhões de euros em novas unidades industriais, lideradas pela alemã Enercon, número um mundial na produção de aerogeradores.

Aquele consórcio, que junta ainda empresas como a EDP e a Finerge, criou, desde 2006, cerca de 1.930 postos de trabalho diretos e mais 5.000 indiretos.

Da licença atribuída de 1.200 MW de potência eólica, 840 MW já estão ligados à rede elétrica nacional, através de 205 quilómetros de linhas de alta tensão que o consórcio construiu, num investimento de 38 milhões de euros.

Só em Viana do Castelo, representa atualmente cerca de 1.400 postos de trabalho, em cinco fábricas da Enercon.

Por este volume de investimento, o consórcio ENEOP recebe 67 euros por cada MegaWatt hora produzido nos respetivos parques. Na Alemanha, recordou Aníbal Fernandes, esse valor é de 96 euros, em Itália de 140 euros e na Bélgica de 120 euros.

"A nossa é a tarifa mais baixa de Europa. Contrariamente à cacofonia que algumas pessoas querem instalar no país, porque têm agendas escondidas e são intelectualmente desonestas", criticou Aníbal Fernandes.

A isto acrescentou: "As tarifas que estão hoje em vigor e que algumas pessoas criticam como o monstro elétrico do Sócrates, foram publicadas pelo Governo de Durão Barroso".

Para o presidente da ENEOP, o Estado tem agora que honrar os compromissos assumidos.

"O que queremos é que o valor da tarifa que nos foi consignada, num concurso legal e transparente, nos seja garantido nos pontos de ligação à rede. Mais nada", sublinhou.

Apesar da paragem nos financiamentos e na política de diversificação das fontes de energias renováveis - que afirma estar a acontecer desde o Verão passado -, o presidente da ENEOP admitiu que só foi possível manter os postos de trabalho entretanto criados através do incremento das exportações, nomeadamente pela Enercon.

"É ai que está o mérito dos acionistas da ENEOP. Quando os bancos desapareceram, foram os acionistas a injetar 600 milhões de euros de capitais próprios e a Enercon a antecipar as exportações", disse ainda.

Atualmente, mais de metade da produção da Enercon é para exportação, por via marítima, apenas para Irlanda, França e Itália.


Lusa / SOL
 
Topo