• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Clubes de Matosinhos ameaçam fechar as portas

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
ng1895972.jpg

Guilherme Pinto

Clubes de Matosinhos ameaçam fechar as portas

Várias coletividades e clubes desportivos de Matosinhos estão em risco de fechar em virtude do corte total dos subsídios previstos para serem entregues pela Câmara Municipal de Matosinhos.

O autarca matosinhense, Guilherme Pinto, reuniu na passada terça-feira com vários dirigentes e responsáveis pelas coletividades e clubes da cidade e "avisou que os subsídios que a autarquia costuma entregar vão ser cortados já este ano", conforme garantiu à agência Lusa o presidente do Padroense, Germano Pinho.

"Esta é uma situação é extremamente grave para as coletividades e clubes desportivos de Matosinhos.

O corte deste subsídio pode ditar o fim de muitos, uma vez que estão dependentes destas verbas.

Não sei se a culpa é da Câmara ou do governo, o que sei é que a Câmara diz que, ao abrigo da lei, não pode continuar a dar estes subsídios", explicou o presidente do clube.

Germano Pinho admitiu ainda que esta situação já fez com que o Padroense suspendesse duas equipas para a próxima época: "se não recebermos apoio admitimos acabar com a formação e digo isto com muita angústia, porque essa é a nossa principal aposta".

O mesmo dirigente explicou que foi "apanhado de surpresa" e que "não gostaria que este fosse o fim do Padroense".

"Eu desconhecia esta lei que a Câmara diz que a impede de dar os subsídios no caso ter dívidas, não podendo fazer nova despesa até um quarto da dívida.

Mas nós não podemos estar assim, sob pena de caminhar para uma situação de insolvência. Se nos reduzem à receita, somos obrigados a reduzir as despesas", esclareceu ainda.

Já o presidente do Freixieiro, Mário Brito, é perentório: "Se o governo não tem o bom senso de suspender a lei 8, o Freixieiro não tem futuro".

"Desde ontem [segunda-feira] que o pavilhão está fechado e reduzimos 75 por cento dos treinos da formação.

E se esta lei se mantiver o Freixieiro vai ter que suspender a prática de futsal", avisou o presidente.

Mário Brito esclareceu ainda: "Nós temos pavilhão próprio e por isso temos um prejuízo de 18 mil euros por ano.

Por isso, este subsídio é fundamental para nós. Se acabar irão cerca de 100 crianças para a rua. Já não tenho dinheiro para pagar a água e a luz e o Freixieiro não pode continuar a viver do mecenas Mário Brito".

O presidente do Balio Futsal Clube, Joaquim Pereira, autor de um protesto que foi entregue a vários órgãos sociais e a todos os partidos com assento no Parlamento, explica que "não é esta situação que vai acabar com o clube", mas assume-se "solidário com todos os clubes, instituições e coletividades que estão dependentes deste subsídio".

"Não é de ânimo leve que aceitamos esta situação, uma vez que os clubes já têm o orçamento feito para a próxima época e nele consta esse subsídio que foi prometido e que está previsto num protocolo assinado com os clubes.

Por isso ficamos estupefactos com a novidade e garantimos que vamos fazer tudo para esclarecer a situação e impedir que esta situação seja concretizada", afirmou.

O autarca de Matosinhos, Guilherme Pinto, explicou que está "apenas a cumprir a lei".

"Estou impedido de dar estes subsídios, conforme diz a lei dos compromissos.

E o melhor que fizemos foi avisar já as coletividades, instituições e clubes.

Neste momento há hospitais impossibilitados de comprar medicamentos à conta desta lei", explicou Guilherme Pinto.

O autarca acrescentou que a Câmara de Matosinhos não é a única abrangida por esta lei: "As outras não fazem barulho porque já não atribuíam qualquer subsídio".

Jornal de Notícias
 
Topo