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Presidente da REFER diz que 'toda a gente ficou mal na fotografia'
O presidente da REFER afirmou esta manhã no julgamento do caso Face Oculta que com os procedimentos verificados naquela empresa pública nas pesagens de resíduos, no Entroncamento, «toda a gente ficou mal na fotografia».
Luís Pardal, que está neste momento a ser inquirido pelo procurador João Marques Vidal, na 43ª sessão do julgamento, em Aveiro, disse mesmo ter «alguma vergonha e pudor de ser parte de uma situação que é difícil de aceitar».
Referindo-se à questão das pesagens e dos transportes de resíduos no Entroncamento, Luís Pardal disse que «aquilo era o resultado de uma desorganização, descuido e não só», falando de uma acção de surpresa da directora da REFER, Helena Neves, que apanhou uma camião com resíduos e sem guias de transporte nos armazéns centrais do Entroncamento.
«Era claramente uma questão de desorganização, tínhamos de visar uma intervenção profunda da área de resíduos», acaba de afirmar o presidente da REFER.
«Eu não tinha posições inequívocas que me permitissem actuar sobre este ou aquele elemento, se tinham a responsabilidade total, mas sei que nessa situação toda a gente ficou mal na fotografia», disse Luís Pardal, acompanhado pelo director do departamento jurídico da REFER.
«Eu fui algo intolerável com as explicações, que não eram aceitáveis, porque os procedimentos eram ilegítimos e incorrectos, aquilo não foi só a falta de controlo», salientou Luís Pardal.
«Toda a gente ficou mal na fotografia», repetiu Luís Pardal, referindo-se «ao modelo, aos procedimentos, às rotinas, aos registos, enfim, toda a gente chamuscada e salpicada daquela situação».
SOL