delfimsilva
GForum VIP
- Entrou
- Out 20, 2006
- Mensagens
- 31,228
- Gostos Recebidos
- 153
Os dois idosos de Peniche acusados do homicídio de um vizinho confessaram, esta quarta-feira, em tribunal a autoria do crime, alegando a existência de desavenças há sete anos, uma versão corroborada por testemunhas ouvidas na primeira sessão do julgamento.
Em tribunal, a arguida, que está em prisão preventiva, confessou que foi ela quem «atirou», à semelhança do que tinha dito ao juiz de instrução criminal. «Andava louca com o que se vinha a passar, eu e o meu marido éramos agredidos por ele [o vizinho] (...) por causa do barulho e quando atirei não estava em mim», alegou, acrescentando que «nunca pensou acertar para matar».
O marido e duas testemunhas confirmaram a autoria dos factos tendo o arguido explicado que andavam munidos de uma arma de fogo por se sentirem ameaçados.
O crime ocorreu a 27 de Maio de 2011 e a acusação do Ministério Público revela que o casal de sexagenários, residentes em Ferrel, se deslocou à cidade de Peniche, levando consigo uma arma de fogo.
Ao avistarem o vizinho, um homem de 43 anos proprietário do restaurante frente à sua habitação, o arguido, de 69 anos, decidiu ir falar com a vítima a fim de alegadamente resolver os problemas de barulho no restaurante que não o deixavam dormir. O homem virou-lhe costas e a arguida, de 64 anos, aproveitou para disparar dois tiros, um dos quais acertou mortalmente o vizinho na zona do tórax.
Ambos entraram na sua viatura e abandonaram o local. O casal veio a ser interceptado pela PSP já à saída da cidade. A mulher é acusada dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma ilegal enquanto o marido está acusado do crime de omissão de auxílio à vítima.
A viúva da vítima, Lídia Dias, constituída como assistente no processo, disse por seu lado que, desde que abriram o restaurante, há sete anos, os vizinhos começaram a provocá-los alegadamente por haver um litígio entre eles e um familiar, senhorio do espaço.
Apesar disso, afirmou que efectuaram todas as inspecções para resolver a questão do barulho, mas os problemas entre os vizinhos agravaram-se em Janeiro de 2010, quando apresentaram queixa à GNR por ameaças: «ela com arma de fogo e ele de forquilha na mão».
Segundo o colectivo de juízes, durante um ano e quatro meses a GNR foi chamada ao local 357 vezes por queixas de barulho. Um inspector da Polícia Judiciária afirmou em tribunal que a arguida não mostrou arrependimento no dia do homicídio quando foi detida. No dia anterior, tinham ido ao restaurante ameaçar de morte o dono. «De amanhã não passaria», terá dito o casal à vítima, afirmou a viúva, que pede em tribunal uma indemnização superior a 100 mil euros pelo homicídio do marido.
lusa
Em tribunal, a arguida, que está em prisão preventiva, confessou que foi ela quem «atirou», à semelhança do que tinha dito ao juiz de instrução criminal. «Andava louca com o que se vinha a passar, eu e o meu marido éramos agredidos por ele [o vizinho] (...) por causa do barulho e quando atirei não estava em mim», alegou, acrescentando que «nunca pensou acertar para matar».
O marido e duas testemunhas confirmaram a autoria dos factos tendo o arguido explicado que andavam munidos de uma arma de fogo por se sentirem ameaçados.
O crime ocorreu a 27 de Maio de 2011 e a acusação do Ministério Público revela que o casal de sexagenários, residentes em Ferrel, se deslocou à cidade de Peniche, levando consigo uma arma de fogo.
Ao avistarem o vizinho, um homem de 43 anos proprietário do restaurante frente à sua habitação, o arguido, de 69 anos, decidiu ir falar com a vítima a fim de alegadamente resolver os problemas de barulho no restaurante que não o deixavam dormir. O homem virou-lhe costas e a arguida, de 64 anos, aproveitou para disparar dois tiros, um dos quais acertou mortalmente o vizinho na zona do tórax.
Ambos entraram na sua viatura e abandonaram o local. O casal veio a ser interceptado pela PSP já à saída da cidade. A mulher é acusada dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma ilegal enquanto o marido está acusado do crime de omissão de auxílio à vítima.
A viúva da vítima, Lídia Dias, constituída como assistente no processo, disse por seu lado que, desde que abriram o restaurante, há sete anos, os vizinhos começaram a provocá-los alegadamente por haver um litígio entre eles e um familiar, senhorio do espaço.
Apesar disso, afirmou que efectuaram todas as inspecções para resolver a questão do barulho, mas os problemas entre os vizinhos agravaram-se em Janeiro de 2010, quando apresentaram queixa à GNR por ameaças: «ela com arma de fogo e ele de forquilha na mão».
Segundo o colectivo de juízes, durante um ano e quatro meses a GNR foi chamada ao local 357 vezes por queixas de barulho. Um inspector da Polícia Judiciária afirmou em tribunal que a arguida não mostrou arrependimento no dia do homicídio quando foi detida. No dia anterior, tinham ido ao restaurante ameaçar de morte o dono. «De amanhã não passaria», terá dito o casal à vítima, afirmou a viúva, que pede em tribunal uma indemnização superior a 100 mil euros pelo homicídio do marido.
lusa