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In Memoriam
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O CEO da Sony afirmou hoje que a empresa «vai mudar» para conseguir recuperar dos elevados prejuízos que tem vindo a ter nos últimos anos. A aposta futura da gigante nipónica passa pela área electrónica de consumo, sobretudo nos dispositivos móveis, e equipamentos médicosA promessa foi feita numa conferência de imprensa por Kazuo Hirai, o CEO da Sony que tomou posse recentemente para tentar recuperar a multinacional que esta semana anunciou que prevê prejuízos de 6.4 mil milhões de dólares relativos ao último ano fiscal.
Citado pela agência Reuters o presidente executivo da fabricante nipónica admitiu que os investidores «estão a pedir mudança» e prometeu que «a Sony vai mudar», realçando que «a Sony sempre foi uma empresa empreendedora. Esse espírito não se alterou».
A estratégia futura da Sony passa por um maior investimento em áreas com forte potencial de crescimento, como é o caso dos equipamentos clínicos, segmento onde a empresa prevê duplicar as vendas dentro de poucos anos.
O investimento neste segmento poderá também passar por aquisições, avança a agência noticiosa, que nota o possível interesse da Sony na Olympus, empresa que também tem algum peso nesta área e atravessa um período conturbado, fruto da descoberta de uma fraude que representa um buraco financeiro de 1.7 mil milhões de dólares nas contas da Olympus.
Outra das apostas da Sony será o segmento do entretenimento e da electrónica de consumo, com enfoque nos dispositivos móveis.
Nesse sentido Kazuo Hirai pretende tornar os smartphones como «um dispositivo central», algo que a Sony deseja alcançar agora que conseguiu regressar ao segmento depois de ter comprado metade da joint venture Sony Ericsson no início do ano.
A meta prevista pelo novo CEO da fabricante é que este segmento tenha lucros na ordem dos 22.2 mil milhões de dólares durante os próximos três anos fiscais.
Além do anúncio das apostas nestas áreas, a Sony confirmou as notícias que surgiram esta semana relativas ao despedimento de cerca de 10 mil postos de trabalho, o que representa 6 por cento da mão-de-obra da empresa.
Os cortes vão também incidir numa reestruturação em segmentos como os televisores, onde a Sony prevê cortar até 60 por cento dos custos fixos no período de 2013/2014 em comparação ao ano anterior.
Sobre esta matéria, Kazuo Hirai sublinhou que «não podemos fugir das decisões difíceis».
SOL