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BCE quer países emergentes a contribuírem mais para o FMI

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BCE quer países emergentes a contribuírem mais para o FMI

O membro do directório do Banco Central Europeu (BCE) Jörg Asmussen exigiu que os países emergentes aumentem as contribuições para o FMI para combater a crise da dívida soberana, lembrando que a Europa elevou a sua quota.

Na reunião da primavera do FMI, do Banco Mundial e dos ministros das finanças e governadores dos bancos centrais do G-20 (principais países industrializados e países emergentes), no próximo fim-de-semana, em Washington (EUA), «tem de haver compromissos concretos» para aumento das contribuições ao FMI por parte dos países emergentes, disse hoje Asmussen à edição alemã do Wall Street Journal.

O especialista alemão, que é responsável no BCE pela gestão da crise da dívida soberana, lembrou que os países da zona euro já aceitaram aumentar em 150 mil milhões de euros as contribuições destinadas a reforçar as verbas do FMI que estão à disposição de todos os países membros para eventuais ajudas financeiras.

Os Estados Unidos da América rejeitaram, no entanto, participar nesta operação financeira, e vários países emergentes exigiram maior comparticipação nas decisões do FMI, em troca do aumento das respectivas quotas.

O representante do Brasil e de outros oito países latino-americanos no directório do FMI, Paulo Nogueira Batista, disse entretanto ao semanário alemão der Spiegel que a aprovação do aumento das referidas verbas na reunião da primavera não está «de maneira nenhuma» garantida.

«Os europeus querem a ajuda dos países emergentes, mas não mostram qualquer abertura no que respeita às planeadas reformas do FMI», que incluem mais direitos de voto para os países emergentes e quotas de capital mais elevadas.

Segundo o matutino alemão Frankfurter Allgemeine, perante as reservas dos países emergentes em aumentar as verbas para debelar a crise da dívida soberana na zona euro, o FMI espera agora um aumento dos seus meios financeiros da ordem dos 400 mil milhões de dólares (cerca de 307 mil milhões de euros), depois de em Janeiro ter exigido entre 500 a 600 mil milhões de dólares (de 384 a 461 mil milhões de euros) para o seu fundo de ajuda.

A directora-geral do FMI, Christine Lagarde, justificou, na semana passada, a redução dos referidos meios, afirmando que «alguns dos dramas que se esperavam ainda em finais de 2011 foram evitados».

Na entrevista ao WSJ, Asmussen advertiu, no entanto, que os problemas fundamentais na zona euro não estão resolvidos.

«O pior da crise parece que já passou, mas a crise do endividamento privado e público em alguns países mantém-se», disse o membro do BCE.

Neste contexto, criticou a «deficiente comunicação» da Espanha, cuja dívida voltou a estar sob pressão, admitindo, simultaneamente, que os mercados estão a ter uma reacção exagerada face a Madrid.

Asmussen advertiu ainda que Grécia e a França «têm de praticar uma política financeira responsável» após as respectivas eleições, aludindo assim à controvérsia entre os candidatos ao Palácio do Eliseu, Sarkozy e Hollande, em torno do papel do BCE e de eventuais mexidas no Tratado Orçamental Europeu.

Lusa/SOL
 
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