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António Mota: "A partir de 2013 ou 2014 haverá condições para melhorar em Portugal"

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Exposta a um sector que está em queda em território nacional, a Mota-Engil aposta nos mercados internacionais para crescer. E assume-se como o principal empregador de portugueses no estrangeiro.

A Mota-Engil, exposta ao sector da construção, espera que os mercados internacionais lhe garanta o crescimento que não consegue em Portugal. Em 2012, a facturação do grupo será mais forte na componente internacional.

"A tendência em 2012 será para que fique mais internacional e menos nacional. Em Portugal não há margem para crescimento neste momento, onde o sector da construção está em crise há sete anos”, disse António Mota, presidente do grupo, lembrando que as privatizações na área do ambiente não estão ainda anunciadas, pelo que não haverá grande margem para crescimento em Portugal. “Pensamos crescer mais no estrangeiro e diminuir em Portugal, mas não muito”, acrescentou à saída da assembleia-geral de accionistas que hoje reuniu no Porto.

"Temos de continuar a crescer no estrangeiro enquanto não for possível recuperar em Portugal. Estamos convencidos que a partir de 2013, 2014, em Portugal, haverá condições para melhorar", admitiu, explicando que neste momento a estratégia do grupo passa por criar "sub-holdings" nas regiões onde se instala para ter melhor acesso à banca.

"Neste momento há dificuldades de financiamento em Portugal, esperamos que isso seja ultrapassado rapidamente", afirmou António Mota, dizendo que a estratégia da Mota-Engil acaba por ser boa para Portugal, nomeadamente para as exportações, presença internacional e para o emprego dos portugueses. "Provavelmente seremos o maior empregador de portugueses no estrangeiro", disse António Mota, contabilizando esse número em mil trabalhadores. No entanto, o presidente do grupo, e principal accionista, admite que o número de trabalhadores em Portugal está a diminuir.

O travão dado às Obras Públicas é um dos motivos de decréscimo na construção em Portugal. Ainda ontem Passos Coelho atirou para um prazo de 10 anos a decisão de construir um novo aeroporto na região de Lisboa. E já foi suspendida a alta velocidade. A Mota-Engil esteve envolvida no concurso para a ligação Lisboa-Poceirão, que foi suspensa há mais tempo. Na última suspensão, a que ligaria o Poceirão a Caia, não estava. "O sector da construção vai sofrer muito, cada vez mais, mas as decisões são do Governo".

Na vertente internacional, a aposta na Europa Central está centrada na Polónia; em África em Angola, Moçambique, Malawi e outros mercados "serão oportunamente divulgados". Na América Latina, a atenção está virada para o México, Peru, Brasil e "esperamos concluir este ano a entrada na Colômbia".


Fonte: Jornal de Negócios
 
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