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Idosos agredidos e torturados

florindo

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Idosos agredidos e torturados

Aos 80 anos, não foi a velhice que atirou Carmen para a cama de um hospital.

No passado dia 24 de Janeiro, pela hora do almoço, o azar bateu-lhe literalmente à porta: um homem e uma mulher tocaram à campainha, alegando serem funcionários da ZON.

Pensando tratar-se de mais uma campanha publicitária, a idosa acabou por abrir a porta.

No mesmo instante, foi empurrada, amarrada nas mãos e pés, e amordaçada pelo casal.

Os momentos que se seguiram foram de pura violência gratuita: a idosa – que teve de ser hospitalizada – contou à Polícia ter sofrido choques eléctricos provocados por um aparelho, que pela descrição as autoridades acreditam ter sido uma arma taser.

Apesar de terem vasculhado todo o apartamento, situado no Lumiar (Lisboa), os assaltantes levaram apenas um LCD e 40 euros em dinheiro.

E ainda hoje estão a monte.

Ninguém sabe número de roubos

Apesar de episódios como este se repetirem quase todos os dias, ninguém sabe quantos idosos são vítimas de roubos.

As autoridades alegam não ter dados discriminados sobre o fenómeno – num país onde, em contrapartida, se sabe que mais de um milhão e duzentos mil idosos vivem sozinhos ou em companhia de outros idosos (a maioria em Lisboa e no Alentejo).

Estatísticas à parte, Maria José Morgado não tem dúvidas de que, nas grandes cidades, como Lisboa, «há crime organizado nestes roubos, por vezes associado a grupos internacionais com ligações locais».

Segundo a directora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, «o perfil dos autores de assaltos a idosos tem vindo a mudar com a crise e a itinerância criminal».

A «tendência destes gangues», sublinha a magistrada, é a de procurarem «regiões sem policiamento, no interior» do país (ver texto ao lado).

E de facto, grande parte dos assaltos mais violentos, confirmou ao SOL uma fonte policial, acontecem em locais mais isolados, na periferia das cidades: «Há mais hipóteses de entrarem e saírem das casas sem ninguém dar conta e sem causar tanto alarme».

Casal de idosos sequestrado

Que o diga Isidro, de 83 anos, e a mulher, de 75, que viram a sua moradia ser invadida por três encapuzados no dia 1 deste mês.

Durante mais de duas horas o casal esteve sequestrado na própria casa, uma vivenda isolada em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira. Pouco passava das dez da noite e ninguém nas redondezas deu por nada.

«Arrombaram a porta, amarraram-nos, puseram-nos um pano na cara e começaram a gritar por dinheiro.

Eu disse ‘podem matar-me mas dinheiro não levam’», contou ao SOL Isidro, ainda mal recuperado do espancamento.

«A tortura acontece quando os assaltantes têm a expectativa de que há mais bens do que aqueles que encontram.

E usam a violência para coagir as vítimas a entregarem mais pertences» – acrescenta a mesma fonte policial.

Depois de remexerem gavetas e até livros, os assaltantes – «um tinha sotaque brasileiro e os outros pareciam de Leste» – conseguiram levar cem euros em notas, uma colecção de moedas de prata, garrafas de whisky, um computador, telemóveis e até comida que estava congelada numa arca.

No meio da aflição, a única coisa que o casal conseguiu preservar foram as alianças de casamento: «Escondi-a debaixo de mim e a minha mulher debaixo do sofá».

A verdade é que muitas vezes são as próprias vítimas que facilitam a vida aos ladrões.

«Estas pessoas são, por norma, pouco cautelosas e abrem facilmente a porta de casa.

Mesmo a estranhos que dizem estar a distribuir publicidade», disse ao SOL a subcomissária Carla Duarte, porta-voz do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.

Segundo a oficial, no ano passado, só nesta área territorial, foram detidos 170 suspeitos de roubos a idosos, entre assaltos a residências e por esticão – mais 48 do que em 2010.


SOL
 

Jhdb

GF Prata
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é incrível o que pode acontecer quando as pessoas ficam desesperadas.... Isto também é muito efeito da crise, as pessoas começam a ter que apertar o cinto e cada vez mais eles ficam perigosos e descontrolados... mas o que estes "indivíduos" fizeram não cabe na cabeça de ninguém...
 
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