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Gasolineiras podem deixar de aceitar Multibanco
A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) está «a ponderar propor» aos associados a suspensão temporária de pagamentos com cartões de débito e crédito devido às taxas cobradas pela Unicre.
Em comunicado, a associação diz estar ainda em estudo a possibilidade de apresentar uma queixa junto da Autoridade da Concorrência denunciando «a forma como a Unicre utiliza a sua posição dominante no mercado».
Segundo a Anarec, as gasolineiras suas associadas «manifestam continuamente o seu descontentamento com a situação», tendo a associação vindo «a discutir e estudar formas de tornar o sistema mais justo e equilibrado».
Como exemplo dos montantes cobrados pela Unicre (detentora da principal rede de aceitação de cartões de crédito e débito em Portugal), a associação avança que, «num pagamento de 25 euros, as taxas importam um decréscimo entre 30 a 35 por cento da já de si reduzida margem de comercialização dos revendedores de combustíveis».
A Anarec sublinha ainda que «a taxa de 50 cêntimos aplicada em qualquer pagamento efectuado com cartão de crédito reverte integral e directamente para a instituição bancária emissora do cartão e não para os revendedores de combustíveis, como, erradamente, pensam muitos consumidores».
Recordando que, «desde há muito, se vem batendo contra os desequilíbrios decorrentes da posição dominante da Unicre», a associação explica que, no final de 2011, e «após ter sido confrontada com a intenção da Unicre em aumentar os valores a cobrar em 2012», se reuniu com a instituição «e alertou para a grave crise económica, sem precedentes, que a rede nacional dos postos de abastecimento enfrenta, considerando inoportuna qualquer alteração no valor» das taxas cobradas.
«Na sequência desses contactos, a Unicre demonstrou vontade e disponibilidade para rever a situação proposta, porém, de forma inesperada, optou por aumentar os valores das taxas aplicadas nas transacções efectuadas com cartões nos postos de combustíveis», sustenta.
Embora afirmando-se ainda «receptiva e disponível para o diálogo», a Anarec diz manter neste momento «em aberto todas as formas de procurar fazer valer e prevalecer as justas pretensões dos seus associados».
Lusa/SOL