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Filho meu nunca irá...

Luz Divina

GF Ouro
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... dizer asneiras, comer porcarias, riscar as paredes. O pai ou mãe que nunca disse algo do género que atire a primeira pedra. Mas algumas promessas foram mesmo feitas para quebrar...




Filho+meu+nunca+ir%C3%A1...




Lembra-se de quando criticava horrorizada os pais que não conseguiam controlar as birras dos miúdos no restaurante e dizia que só por cima do seu cadáver é que deixaria um filho seu fazer essas figuras?

Pois, era antes de ter filhos. Depois, o mais certo é ter mudado o discurso. Mas não se sinta culpada. A maior parte das vezes, as certezas em relação à educação das crianças revelam apenas uma coisa a nossa inflexibilidade.

Obviamente, a ideia não é deixá-los fazer o que lhes apetece, mas é também saudável sabermos questionar as regras que lhes impomos.

...chapinhar na lama


Pense bem, porque é que o seu filho não há-de poder, em determinadas circunstâncias, brincar nas poças? Lembra-se de como era divertido?

Sim, pode explicar-lhe que não deve fazê-lo quando está arranjado para ir para a escola porque vai ficar sujo, mas nada a impede de combinar um dia em que ele vá de galochas e impermeável.

Afinal, as máquinas de lavar existem para isso mesmo e é bom que ele tenha margem para se expressar e divertir. Desta forma serão de certeza adultos mais livres e criativos.


...brincar com a comida


É importante que eles aprendam a comportar-se à mesa, mas brincar com a comida nem sempre é sinal de má educação.

Quando são pequenos, é normal que tenham necessidade de tocar em tudo, de se familiarizar com os alimentos através do tacto, de sentirem as formas, a textura, a temperatura...

Em vez de se zangar, aproveite o interesse deles para ser pedagógica. Enquanto comem uma sopa de letras podem fazer um jogo em que têm de comer as massinhas pela ordem do abecedário, por exemplo.


...fazer fita ao ir para a cama


Todos os pais gostavam de não passar por isto, mas é quase impossível. Faz parte do desenvolvimento infantil testar os limites dos pais e a hora de deitar é tão boa como outra qualquer.

O melhor é criar um ritual e estabelecer hábitos que não sejam questionados. Pode ser um banho morno, um festa nas costas ou uma história. O importante é ser coerente para perceberem que quando chegar a altura não vale a pena fazer fita.


...apontar o dedo


'Apontar é feio!' Quantas vezes não fomos matraqueadas com esta frase durante a infância? Mas porque é que é feio?

Haverá algum problema em esticar o dedo para a Torre Eiffel e dizer: 'Mãe, olha, é tão grande!' Basta ensinar ao seu filho que o que é realmente feio é apontar para as pessoas e fazer comentários e que deve sempre aceitar as diferenças.


...dormir com os pais


Mais uma regra que não tem por que não ser quebrada. Desde que eles aprendam a ter a sua independência e a respeitar a dos pais, podem perfeitamente, uma vez por outra, dormir na cama deles. Mas, atenção! Uma vez por outra.


...ficar acordado até tarde


'Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.' Este é um princípio que deve tentar seguir, já que a alteração dos hábitos de sono nas crianças tem efeitos nefastos. Mais uma vez, a chave do equilíbrio está na moderação. Achava mesmo que conseguiria adormecê-los com a casa cheia de visitas? Dia de festa é dia de festa!


...vestir-se mal


É incrível, mas geração após geração continua a haver pais que acham que conseguem impedir que os devaneios criativos dos filhos se reflictam na roupa que eles vestem. Esqueça. Se não se quer martirizar, é melhor passar já à fase da aceitação. Todos passam por isso, e se for do contra... eles vão ser a favor!


...andar sempre ao colo


Esta é tipicamente uma preocupação de quem é mãe ou pai pela primeira vez, altura em que os conselhos dos manuais ainda estão frescos na memória e se tenta evitar os supostos malefícios do excesso de colo.

Quando chega o segundo filho a história é outra: não só já não tem paciência para controlar quem pega nele ao colo como ainda agradece a ajuda...


...comer doces


Pois, já se sabe que fazem mal aos dentes e à barriga, mas não há como proibi-los completamente. Até porque, se não é você a dar, dá o avô, a tia e a amiga que vem de visita.

É impossível controlar os doces que eles comem a toda a hora. Tente apenas que o seu consumo não se torne um hábito. Os doces não têm de ser banidos, mas devem ser reservados para dias especiais.


...receber prendas demais

Ele já tem três armários cheios, metade nem sabe que existe, a outra metade não tem ideia como funciona. Enfim, bons argumentos, mas, então, prepare-se para cortar com a TV, por causa dos anúncios, e com as comparações dos amigos que têm todos o último Nenuco.

Mas, claro que no meio é que está a virtude e, no fundo, do que eles mais gostam é do momento em que rasgam o papel. Por isso, não ceda a caprichos e aposte mais na qualidade.


...gritar no restaurante


Faz parte da iniciação parental passar por este embaraço público. Coragem, depois, passa a pertencer à 'irmandade' e a receber olhares de solidariedade dos outros casais com filhos.

Há truques para minimizar as probabilidades de uma birra no restaurante. Se ele for muito pequeno, dê-lhe de comer em casa e leve uns jogos para ele se entreter.


...dormir com a luz acesa

Se ele tem pesadelos e cisma que há um monstro debaixo da cama, será mesmo sensato exigir que durma sem uma nesga de luz? O medo do escuro é muito comum, se quer ajudá-lo, o melhor é deixar-lhe uma luz de presença até ele próprio perceber que não há nada a recear.


...ver demasiada televisão


Pois, mas de que adianta tentar impedi-lo de ver TV em casa se basta ele ir para a avó para se entupir de telenovelas? Não vale a pena marginalizá-lo por ser o único na escola que não vê a 'Floribella'... O importante é haver regras e horários determinados. Podem ver a 'Floribella', mas só depois de terem feito os trabalhos de casa.


...comer fast-food


É utópico pensar que o seu filho nunca irá almoçar sandes, pizzas ou hamburguers. Depois da festa de aniversário em casa do amigo ou do primeiro Happy Meal de recurso não é possível voltar atrás... Mas não se martirize. Umas batatas fritas de vez enquando não fazem mal a ninguém.


...dizer palavrões


E, de repente, eis que ele chega a casa armado de vocabulário novo, pronto a estrear com a ouvinte que mais preza (sim, você). É impossível evitar que eles repitam palavreado impróprio se passam o dia fora de casa.

Não fique escandalizada e explique simplesmente que há coisas que não se dizem. Por vezes, quanto mais atenção damos a um assunto pior é.


...jogar Playstation


Deve faltar pouco para este vício ser considerado uma patologia autónoma. Se ele passa o tempo todo agarrado à maquineta, o melhor é estabelecer dias fixos para ele jogar e não abrir excepções, nem naquelas alturas em que está tão cansada que até é uma bênção que ele fique entretido...


...fazer birras


'Fosse meu filho e levava já uma palmada.' O provável era ele lançar-se num berreiro, ao que se seguiria outro sopapo, até ele atingir o limite da escala tónica ou você ficar com a mão dorida. O melhor remédio é a firmeza. Basta ceder uma vez para criar um padrão difícil de inverter.

E há birras compreensíveis. Se estão cansados e os leva a um hipermercado, não espere milagres. A paciência das crianças também tem limites, não é só a sua!



Confissões dos pais


Lá porque não está a ser coerente com o que disse antes de ter filhos, isso não significa que está a ser má mãe. Quer dizer apenas que se tornou mais tolerante. E descanse que não está sozinha. Leia os testemunhos de outras mães que viram goradas as suas intenções de disciplinar os filhos.



- 'Nunca pensei que deixaria a minha filha ver duas telenovelas de seguida, mas o certo é que às vezes não temos paciência para combater os argumentos dos adolescentes e vencem-nos pelo cansaço.' Céu Martins, filha com 14 anos.



- 'Sempre fui muito arrumada e costumava dizer às pessoas mais chegadas que quando tivesse filhos eles teriam de manter os quartos num brinco. Mas agora, após o milionésimo grito, sou eu que ando a apanhar os brinquedos que eles deixam espalhados.' Conceição Sá, filhos com 8 e 4 anos.



- 'Sempre disse que os meus filhos não comeriam doces em pequenos. Com o primeiro consegui até aos quatro anos, com o segundo não fui além dos dois. Torna-se muito mais complicado, porque vê o irmão mais velho a comer e também quer.' Patrícia André, filhos com 8 e 3 anos.



- 'Antes achava que ia conseguir levar a minha decisão avante. Agora, quando o Tiago olha para mim com os olhos de anjinho, por vezes não consigo resistir...' Ana Silva, filho com 16 anos.





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