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Banca: 'Exageros' de austeridade prejudicam crescimento

florindo

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'Exageros' de austeridade prejudicam crescimento

Portugal alcançou já um nível «muito substancial» de ajustamento orçamental e o governo deve ter cuidado para não exagerar na austeridade, que pode prejudicar o crescimento económico, avisa o lobby bancário internacional.
Jeffrey Anderson, director do departamento europeu do IFI, o lobby da banca internacional, disse à Lusa que a redução no défice orçamental já alcançada por Portugal é «já é muito substancial» e «nalguns aspectos mais do que é consistente com a retoma atempada do crescimento económico», um dos motivos de preocupação mais recentes dos mercados financeiros em relação à zona euro.
«Um dos riscos na Europa é demasiada austeridade, que cria o risco de que comece um ciclo muito negativo com actividade económica fraca por causa de ajustamento orçamental», adianta Anderson.
«Portugal ainda não teve este problema, mas é importante que ao aderirem aos alvos [do programa de ajustamento] fazerem-no com mínimo de danos ao crescimento que seja possível», adiantou.
Anderson sublinha que o governo está de modo geral a cumprir o programa, tal como é expresso nas avaliações periódicas da "troika", mas que mesmo assim é prejudicado pelo cepticismo dos mercados em relação à zona euro em geral.
«A melhor coisa para o governo nestas circunstâncias é continuar a cumprir o programa, seguir em frente o mais forte que puder com as privatizações e reformas estruturais.
Não diria que faz grande sentido exagerar no ajustamento orçamental», disse à Lusa
Para tentar melhorar a percepção dos mercados em relação a Portugal, o ministro das Finanças manteve esta semana vários encontros em Wall Street, com bancos de investimento e "hedge funds".
Anderson afirma que responder às questões dos investidores em dívida soberana é «sempre importante», mas a actual desconfiança «não é realmente culpa do governo português», mas de «falta de informação de entendimento sobre as escalas das dificuldades» dos países da periferia do euro em geral.
«Acho que [Vítor Gaspar] tem uma boa história para contar.
Era bom se houvesse um mercado mais receptivo a isso [mas] há implicações negativas para Portugal de maneira como a dívida foi reestruturada na Grécia e das expectativas que muitas pessoas têm», afirma o responsável do IFI.
Anderson depara-se com este desentendimento ao discutir com investidores o «sucesso de empresas portuguesas entrarem em novos mercados, de maior crescimento», mas também no facto de o orçamental português no ano passado ter sido «até melhor que o da Irlanda».

Lusa/SOL
 
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