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Bolsas europeias a cair após eleições francesas
As bolsas europeias abriram hoje em queda generalizada, um dia depois da primeira volta das eleições presidenciais em França, que apurou para o duelo final, a 6 de Maio, François Hollande e Nicolas Sarkozy, com o socialista em vantagem.
A agência de notícias France Presse (AFP) noticia que as bolsas europeias abriram em queda, e sublinha que, ao longo da manhã, a tendência acentuou-se: pouco depois das 10:00 de Lisboa, Paris perdia 1,65 por cento, Frankfurt 2,32 por cento, Londres 1,54 por cento, Milão 03 por cento e Madrid 2,95 por cento.
O analista do banco Helaba em Frankfurt Christian Schmidt, citado pela AFP, diz que, embora a vitória socialista fosse esperada, «ela tem peso».
O economista acrescenta que as propostas de Hollande para a Europa, nomeadamente a vontade reiterada de renegociar o pacto orçamental, «não agradam a todos».
Renaud Murail, economista no Barclays Bolsa, também citado pela agência, explicou que «existe uma incerteza sobre o que vai passar-se na segunda volta, no que respeita as políticas que serão postas em prática, a relação com a Alemanha e mesmo quanto ao tratado europeu».
Esta tensão fez-se também sentir no mercado das obrigações. Os juros a 10 anos subiram, quase generalizadamente: por volta das 08:00 em Lisboa, a Espanha atingia 5,99 por cento, contra 5,937 por cento na sexta-feira à noite, a Itália 5,712 por cento, contra 5,651, e a França 3,090 por cento, contra 3,081 por cento.
De acordo com os resultados parciais divulgados pelo Ministério do Interior francês, François Hollande e Nicolas Sarkozy vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais, a 6 de Maio. O socialista conseguiu 28,6 por cento dos votos, o Presidente conservador 27,1 por cento.
Marine Le Pen, líder da extrema-direita, deu um recorde à Frente Nacional, com 18 por cento dos votos; a Frente de Esquerda, de Jean-Luc Mélenchon, ficou nos 11 por cento e o centrista François Bayrou teve nove por cento dos votos.
Esta eleição presidencial em França acontece numa altura em que a zona euro preocupa os investidores, perante as previsões económicas de fraco crescimento ou mesmo de recessão dos países.
Lusa/SOL