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Portugal poderá ter que importar mais produtos agrícolas devido à seca

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Portugal poderá ter que importar mais produtos agrícolas devido à seca

Portugal importa «30 por cento» dos produtos agrícolas que consome e este ano, «eventualmente», terá de importar mais, devido à quebra da produção nacional provocada pela seca, admitiu hoje um dirigente agrícola.
De acordo com a balança portuguesa de pagamentos nos produtos agrícolas, «somos auto-suficientes em 70 por cento e ainda importamos 30 por cento do que consumimos, o que é bastante», disse Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul, entidade organizadora da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja.
Devido à seca, que afecta o país, haverá uma «quebra na produção» agrícola, «pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado» e, «eventualmente, um aumento de importações», admitiu.
Segundo Castro e Brito, Portugal tem «todas as possibilidades de atingir a auto-suficiência» em termos de produtos agrícolas e «até de produzir um excesso para exportação».
O Alentejo, «com o novo regadio», é a região que «tem mais possibilidades de contribuir para a auto-suficiência» de Portugal em termos de produtos agrícolas, mas, para tal, «é muito importante que seja concluído o regadio de Alqueva», frisou.
Neste momento, Alqueva «é o factor principal para aumentarmos a produção» agrícola no Alentejo, como aconteceu nos sectores do vinho e do azeite, que «são os principais produtos já exportados».
O Alentejo é a região portuguesa que «mais exporta» vinho e azeite e, neste momento, estão a desenvolver-se outros sectores, como o das agro-industriais e do milho de regadio, sublinhou.
«Assim haja água, porque estes produtos requerem grandes quantidades de água», disse, frisando: «Venha a água, porque os solos e o clima do Alentejo são os melhores do mundo para fazer agricultura. O problema é a água».
Neste sentido, Castro e Brito garantiu que a ACOS «vai continuar a lutar» pela conclusão do projecto global de Alqueva, referindo que «seria um erro histórico» parar ou não concluir o projecto na íntegra.
Há «muitos» investimentos em projectos de regadio em explorações agrícolas no Alentejo, que foram co-financiados com fundos comunitários e só avançaram no terreno devido «à promessa de que a água de Alqueva chegaria em 2013», sublinhou.
Os projectos, que, actualmente, são regados com recurso a furos e charcas, «não são viáveis sem a água de Alqueva», avisou, referindo que os agricultores «estão à espera e os prejuízos serão enormes senão chegar a água de Alqueva às explorações».
Castro e Brito falava à Lusa a propósito da 29.ª Ovibeja, que arranca sexta-feira e vai decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja sob o tema «+ Produção».
O tema deste ano é «sem dúvida» um apelo para os agricultores produzirem mais e «para que o Estado cumpra o que prometeu: finalizar o regadio de Alqueva», porque no Alentejo «precisamos de água para produzir mais», disse.

Lusa / SOL
 
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