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Jumbo e Pão de Açúcar assediam funcionários para trabalhar no 1º de Maio
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio (CESP) denunciou hoje o «assédio sistemático» sobre os colaboradores dos hipermercados Jumbo e Pão de Açúcar para os «forçar a ir trabalhar» no feriado do 1º Maio, contestando estas práticas ilegais.
O CESP já tinha acusado o Pingo Doce e o Continente de ameaçar os funcionários que não forem trabalhar no feriado do 1º de Maio e acrescenta agora que vai solicitar uma fiscalização da Autoridade para as Condições de Trabalho «para verificar os incumprimentos e registar e penalizar as práticas ilegais» das cadeias de super e hipermercados.
Fonte do Continente, pertencente à Sonae, nega, contudo, a veracidade das informações sindicais.
«Há hierarquias que se destacam na campanha de assédio e ameaças em reuniões colectivas e especialmente, em conversas individuais», salienta o CESP, a propósito do Jumbo e do Pão de Açúcar.
O Minipreço e El Corte Inglés são os únicos supermercados que vão estar fechados no 1.º de Maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador, enquanto o Jumbo (Auchan), Pingo Doce (Jerónimo Martins), Continente (Sonae) e Intermarché vão abrir portas.
Também a cadeia de ‘discount’ Lidl anunciou que, pela primeira vez desde que entrou em Portugal, vai abrir as lojas no Dia do Trabalhador, atendendo à «conjuntura económica actual» e depois de consultar os colaboradores, «que na sua maioria manifestaram disponibilidade para trabalhar neste feriado, sendo assim devidamente recompensados, numa altura tão desfavorável laboral e economicamente».
O CESP contesta a actuação destas empresas e tem denunciado as ameaças exercidas sobre os trabalhadores para os obrigar a trabalhar neste dia, atitudes que considera «próprias do fascismo, só faltando chamar a PIDE para prender os que persistem em exercer os seus direitos».
Lusa/ SOL