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UGT manda nova carta a passos

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UGT manda nova carta a passos

Resposta de Passos não agradou a Proença, que exige um calendário concreto para a criação de emprego. Álvaro sob pressão.
João Proença escreveu uma carta a Passos Coelho a dar conta do seu desagrado pela resposta que o primeiro-ministro lhe deu sobre a aplicação do acordo de concertação social.
O secretário-geral da UGT considera que o elenco de medidas que recebeu do Executivo, no final da semana passada não é o calendário, que lhe era devido. «Um arrazoado de medidas por concretizar não foi o que nos foi prometido. Esperamos é o estabelecimento de prazos concretos e a indicação de prioridades», diz ao SOL uma fonte da UGT.
A carta chegou a S. Bento antes do 1.º de Maio e João Proença, no Dia do Trabalhador, não quis aumentar o grau de fricção com o Governo. «Exigimos respeito por este acordo tripartido, o seu cumprimento integral», afirmou no final do desfile na avenida da Liberdade. Num discurso que teve um tom moderado, _Proença sinalizou que a prioridade da central sindical é o crescimento económico.
Passos Coelho, no mesmo dia, também quis aplacar polémicas. No discurso que fez no 1.º de Maio, o primeiro-ministro não só reconheceu razão às queixas da UGT sobre os atrasos na implementação do acordo tripartido, como garantiu que o Governo não dará mais pretextos a novas queixas de João Proença.
Mas na UGT aumenta a impaciência perante a «falta de iniciativa do Governo» na área do emprego. Depois da carta enviada na segunda-feira para S. Bento, João Proença insistiu nas queixas durante a reunião da concertação social desta quarta-feira.
O documento de calendarização das medidas para a concertação social enviado por Passos Coelho – a que o SOL teve acesso – não indica prioridades e é vago quanto a prazos. Concretiza, sim, o ministério que está responsável por cada uma delas.

‘Alguns ministros estão pouco empenhados’

Da contabilidade, resulta claro que é ao Ministério da Economia que cabe a maior fatia do compromisso tripartido. Proença reagiu: «Alguns membros do Governo ou estão pouco empenhados no cumprimento do acordo ou não demonstram capacidade para o fazer».
Feitas as contas, o mega-ministério da Economia tem a responsabilidade de concretizar 183 medidas, das 257 previstas no acordo de Janeiro. À data da missiva de Passos Coelho, o ministro Álvaro Santos Pereira tinha por iniciar 28 medidas, estando 12 fechadas. Outras 143 eram anunciadas como estando «em curso».
O trabalho hercúleo que o ministro da Economia tem nas mãos é ainda mais evidente quando visto em comparação com os outros ministérios envolvidos: as Finanças têm de executar 24 medidas, o Ambiente 17, a Justiça 11 e a Segurança Social e a Educação apenas nove. Entre todos, só as Finanças e a Segurança Social contavam uma medida (cada) por lançar. Ou seja, só a Economia mostra atrasos mais significativos.
Na UGT, a tendência social-democrata sente um desconforto especial. A necessidade de que algo avance para justificar a cedência de direitos dos trabalhadores, feita no Código do Trabalho, coloca mais pressão sobre o ministro da Economia. O facto de a central sindical estar já em processo de escolha do sucessor de João Proença (ver texto ao lado) aumenta a possibilidade de estalarem dissensões internas – e a de se romper o acordo.


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