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Nova Democracia falha, coligação está agora nas mãos da esquerda radical

florindo

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Antonis Samaras, líder do ND, não conseguiu chegar a acordos que o permitissem formar uma coligação

Nova Democracia falha, coligação está agora nas mãos da esquerda radical

A primeira tentativa de formar uma coligação no rescaldo das legislativas gregas caiu por terra.
Antonis Samaras, líder do partido que mais votos recolheu no domingo, a Nova Democracia (ND), não conseguiu alcançar um acordo com os restantes partidos para formar uma coligação.
Agora será a vez de Alexis Tsipras, cara da coligação de esquerda do SYRIZA.
Após a magra vitórias nas eleições de ontem, Samaras tinha hoje recebido um mandato de Karoulos Papoulias, presidente grego, para formar uma coligação que permitisse alcançar uma maioria parlamentar e que sustentasse um novo governo no país.
Mas, depois de uma tarde de negociações, o líder conservador afirmou não ter condições para formar uma coligação.
Alexis Tsipras, líder da esquerda radical, tem agora três dias para tentar reunir uma coligação
«Fizemos tudo o que podíamos, mas foi impossível», confessou ao Ekathimerini, antes de revelar que já devolveu o mandato ao presidente, que agora o deverá entregar a Alexis Tsipras, líder da coligação de esquerda do SYRIZA com quem se reunirá amanhã às 12 horas portuguesas.
O partido terá assim três dias para alcançar um consenso que Samaras demorou menos de um dia a falhar.

O primeiro não veio de Tsipras

Bastou uma reunião de 40 minutos no parlamento helénico, em Atenas, para o líder do SYRIZA, com 16,78% dos votos, rejeitar por completo uma eventual coligação com o ND, partido de Antonis Samaras que reuniu ontem 18,85% das preferências do eleitorado grego.
À saída do encontro entre os dois políticos, Tsipras garantiu que a posição do líder conservador «está no lado oposto das propostas alternativas de um governo de esquerda».
O homem forte da coligação – semelhante ao Bloco de Esquerda português -, com demarcada faceta anti-austeridade, explicou à Associated Press que «não pode haver um governo de salvação nacional, como [Samaras] o chamou, porque as suas assinaturas e compromissos para com o acordo de resgate não constituem uma salvação mas antes uma tragédia para o povo e o país».
A polarização dos votos, que se afastaram do ND e dos socialistas do PASOK, partidos ao centro, e se distribuíram pelos pólos do mapa político grego, leva a que agora seja improvável a constituição de um governo de coligação, necessário para alcançar uma maioria no parlamento – pelo menos 151 mandatos, num total de 300.
Graças à lei que estipula a atribuição automática de 50 assentos ao partido mais votado nas legislativas, os 18,85% de votos do ND traduzem-se em 108 lugares no parlamento, algo que possibilita a eventual reedição da coligação com o PASOK, agora liderado por Evangelos Venizelos, que sai das eleições como terceiro partido mais votado (13,18%) e com 41 mandatos.

Sem coligação, haverá novas eleições

Porém, nem uma nova ‘união’ dos dois partidos vistos como pró-‘troika’ ou pró-austeridade será suficiente, pois ficará dois lugares aquém da almejada maioria, sendo necessária a participação de uma terceira força política.
A solução poderia passar pelos Gregos Independentes, um grupo de se ‘evadiu’ da ND e terminou na quarta posição com 10,60% dos votos e 33 mandatos parlamentares, mas as suas divergências com o partido de Samaras deverão impedir uma eventual coligação.
O líder dos conservadores tem até quinta-feira para tentar formar uma coligação. Em caso de insucesso, o mandato passará para Tsipras, a cara do segundo partido mais votado, que terá os seus respectivos três dias para também tentar formar uma coligação. Se falhar, será a vez do PASOK de Venizelos.
Caso nenhum dos três partidos alcance um consenso que sustente uma coligação, então a Grécia deverá voltar às urnas em Junho.
A confirmar-se tal cenário, os gregos voltarão a ser chamados a votar sobre o futuro político do país.
Resta saber se manterão a tendência, ontem demonstrada, de retirar votos aos partidos do centro que negociaram com a ‘troika,’ para colocar a cruz do voto na caixa ao lado das soluções políticas anti-austeridade.


SOL
 
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