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China: Dissidente diz que estão a perseguir os familiares

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RoterTeufel

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Advogado cego lança alerta
China: Dissidente diz que estão a perseguir os familiares


O dissidente e advogado chinês cego Chen Guangcheng, protagonista de um confronto diplomático entre os Estados Unidos e a China, há uma semana, acusou esta quinta-feira as autoridades da província de Shandong de estarem a perseguir os seus familiares.

"As autoridades de Shandong estão a retaliar contra mim. Ontem ([quarta-feira], o gabinete de Segurança Pública chamou-nos e disse à família que Chen Kegui [sobrinho] fora formalmente encarcerado e queriam que a mulher comparecesse para assinar um documento", disse o activista ao telefone com a agência France Press, citada pela Lusa.

Chen Kegui fugiu no final de Abril, quando o tio conseguiu escapar à prisão domiciliária, mas foi detido mais tarde, e a sua mulher desapareceu há vários dias, contou Chen Guangcheng.

O dissidente, que está a receber tratamento hospitalar em Pequim, disse também que a mãe do sobrinho, detida vários dias e depois libertada sob caução, "está a ser ameaçada" com uma nova prisão e o pai "está confinado à aldeia", com o telefone "confiscado".

Chen Guangcheng, de 40 anos, tornou-se conhecido por ter apresentado uma queixa contra alegados abusos na aplicação da política de controlo da natalidade ("um casal, um filho"), entre os quais abortos e esterilizações forçadas.

Desde Setembro de 2010, quando acabou de cumprir mais de quatro anos de prisão por "atentados à propriedade e perturbação do trânsito", Chen estava proibido de sair de casa, numa aldeia da província de Shandong, nordeste da China, e de receber visitas.

No final de Abril, refugiou-se na Embaixada dos Estados Unidos em Pequim, de onde sairia a 2 de Maio, para receber tratamento hospital.

A saída ocorreu poucas horas depois de a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegar à capital chinesa para participar na agendada quarta ronda do Dialogo Estratégico e Económico entre os dois países.

Chen Guangcheng, entretanto, pediu ajuda dos Estados Unidos para sair da China. Uma universidade de Nova Iorque já indicou que receberá o dissidente.

O governo chinês criticou os Estados Unidos por acolheram o Chen na embaixada "por vias anormais" e a imprensa oficial acusou o dissidente de se ter tornado "um instrumento ao serviço dos inimigos do sistema político" do país.

No dia 4 de Maio, o governo chinês indicou que o activista poderá apelar para estudar no estrangeiro.

"Se ele quiser estudar no estrangeiro, como cidadão chinês, pode apelar através dos canais normais, de acordo com a lei, como qualquer outro cidadão chinês", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.


C.da Manha
 
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