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Lucro da Caixa Geral de Depósitos cai 89%

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Lucro da Caixa Geral de Depósitos cai 89%

A CGD teve lucros de 8,8 milhões de euros no primeiro trimestre, uma quebra de 89 por cento face ao período homólogo do ano passado, numa conjuntura adversa que obrigou a um reforço significativo das imparidades e provisões do banco.
“O resultado líquido consolidado atingiu 8,8 milhões de euros, não obstante o esforço de provisionamento acima referido, contra um montante de 83,5 milhões de euros registado no primeiro trimestre de 2011”, segundo o comunicado enviado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Ainda de acordo com a nota, os resultados alcançados pelo banco público entre janeiro e março traduzem “as condições económicas e financeiras adversas, que determinaram o registo, como custo de exercício, de provisões e imparidades no montante global de 329,7 milhões de euros".
Para a imparidade de crédito a CGD reservou 240,2 milhões de euros, enquanto as provisões e imparidades de outros ativos líquidos (de que se destacam os títulos) foram de 89,5 milhões de euros. Este último montante, especifica o comunicado, destinou-se sobretudo a fazer face à desvalorização das participações da CGD na Portugal Telecom e na espanhola La Seda, assim como da área seguradora do grupo.
O braço de seguros da CGD, tal como a área da saúde, serão privatizados, cumprindo o acordo assinado entre Portugal e a ‘troika’. No entanto, enquanto a alienação das operações de saúde ainda deverá acontecer este ano (provavelmente já no segundo semestre), a venda dos seguros poderá ser adiada ligeiramente à espera de melhores condições de mercado.
Em declarações à Lusa, o presidente executivo da CGD, José de Matos, disse hoje que no primeiro trimestre "tudo correu bem" do ponto de vista da gestão do banco, "exceto a evolução da qualidade do crédito e o reflexo nos resultados via imparidades". Para José de Matos, estes fatores são consequência da situação económica nacional.
A área internacional contribuiu para os resultados do grupo com 26,8 milhões de euros, 20 por cento abaixo de período homólogo. O destaque pela negativa vai para Espanha. A atividade da CGD no país teve um impacto negativo de 39 milhões de euros nas contas trimestrais do grupo.
Ainda nos resultados consolidados da CGD, a margem financeira estrita atingiu 384,9 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 4,3 por cento do que há um ano atrás.
O produto da atividade bancária e seguradora foi de 764,5 milhões de euros.
Os custos operativos caíram 7,6 por cento para 392,5 milhões de euros, contribuindo favoravelmente para o resultado bruto de exploração, que foi de 372 milhões de euros, mais 33,9 por cento do que no primeiro trimestre de 2011.
Os depósitos continuaram numa trajetória ascendente, tendo crescido 4,6 mil milhões de euros face a março de 2011 para 65 mil milhões de euros.
Já o crédito a clientes caiu 3,1 por cento em termos homólogos para 81,7 mil milhões de euros. Em Portugal, enquanto o crédito a empresas cresceu 2,7 por cento no primeiro trimestre, o crédito a particulares caiu 0,9 por cento.
As contas hoje apresentadas da CGD denotam ainda um crescimento dos indicadores de risco de crédito. O rácio de crédito vencido a mais de 90 dias situou-se em 4,0 por cento e o rácio de crédito em risco em 7,4 por cento em março.
No curto prazo, o administrador da CGD Norberto Rosa disse à Lusa estar especialmente preocupado com o incumprimento das empresas, sobretudo das que pediram crédito para construção e imobiliário e que têm agora empreendimentos que não conseguem vender.
O rácio de transformação de depósitos em crédito ficou nos 121,9 por cento no final do primeiro trimestre, com o banco público próximo do valor exigido pela ‘troika’ para 2014 (120 por cento).
Já o rácio ‘core tier 1’ fechou o trimestre nos 9,6 por cento. Até final de junho, o banco público tem de colocar este rácio nos 9 por cento, de acordo com os critérios exigentes da Autoridade Bancária Europeia, que incluem a avaliação a preços de mercado da exposição à dívida soberana e ao setor público. Para esta meta, a CGD vai precisar de reforçar capitais em cerca de 1600 milhões de euros, para o que irá recorrer ao acionista Estado.
A exposição da CGD ao Banco Central Europeu era de 6,95 mil milhões de euros no final de março, abaixo dos 9 mil milhões de dezembro.


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