Dez vinhos nacionais conquistam "grande medalha de ouro"

Seis vinhos alentejanos e quatro do Tejo (antigo Ribatejo) obtiveram a distinção mais elevada na 19ª edição do "Concours Mondial de Bruxelles", considerado um dos maiores e mais prestigiados concursos vínicos mundiais, que este ano decorreu em Guimarães.



Segundo a lista de vencedores, divulgada hoje pela organização, dos 925 vinhos portugueses que estiveram a concurso entre 3 e 6 de Maio na cidade Capital Europeia da Cultura, 297 acabaram por ser distinguidos: 194 com medalha de prata, 93 com medalha de ouro (sendo 65 vinhos tintos), enquanto uma dezena arrebatou mesmo a "grande medalha de ouro", atribuída a apenas 84 amostras de todo o mundo.

A lista de produtos nacionais, todos eles tintos, premiada com a “grande medalha de ouro” é composta pelos vinhos Cardal 2010 (Tejo), Encostas de Estremoz Reserva 2009 2009 (Alentejo), Herdade das Servas Touriga Nacional 2008 (Alentejo), Monsaraz Premium 2008 (Alentejo), Monte das Servas Colheita Seleccionada Tinto 2009 (Alentejo), Palpite 2008 (Alentejo), Poliphonia Signature 2008 (Alentejo), Portal da Águia 2010 (Tejo), Quinta da Lagoalva Castelão & Touriga 2010 (Tejo) e Quinta S. Joao Batista 2010 (Tejo).

Só Espanha (21) e França (15) levaram para casa mais distinções máximas do que Portugal – sendo que Itália também conquistou dez. No entanto, as participações francesa (2.541 amostras a concurso) e espanhola (1.549) ultrapassaram largamente o contingente de vinhos italianos (993), portugueses (925) e chilenos (447), que completaram o "top 5" dos países mais representados. Feitas as contas, proporcionalmente, apenas os vinhos espanhóis conquistaram mais “grandes medalhas de ouro” do que os portugueses.

A delegação nacional bateu o recorde de participação ao crescer 40% na edição de 2012 do "Concours Mondial de Bruxelles", no qual 320 especialistas avaliaram 8.397 vinhos e bebidas espirituosas provenientes de 52 países produtores, para premiar um total de 2.434 vinhos.

Segundo informou na semana passada a organização, as regiões portuguesas mais representadas foram o Douro e Porto (241), Alentejo (194), Lisboa (115) e Minho (110). Portugal esteve também representado por 50 provadores, que tomaram parte da competição.

O "Concours Mondial de Bruxelles" foi criado por Louis Havaux em 1994 e nas cinco primeiras edições contemplava apenas a competição de vinhos. Incorporou depois o "Brussels Spirits Awards", em que competem bebidas espirituosas, aguardentes e outros vinhos de fruta. Desde 2006 que o evento se realiza fora de Bruxelas. Antes de chegar a Guimarães, passou nos últimos anos por Lisboa, Maastricht, Bordéus, Valência, Palermo e Luxemburgo.

In' Jornal de Negócios

Vinho tinto português ganha concurso mundial

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O vinho português Poliphonia Signature, produzido no Alentejo pelo gestor e empresário Henrique Granadeiro, foi eleito o melhor tinto do Concurso Mundial de Bruxelas de 2012 de acordo com um anúncio oficial feito pela organização esta segunda-feira.


"É um vinho elaborado com base na casta Alicante Bouschet, fermentado em lagares de mármore e que estagiou cerca de 15 meses em barricas de carvalho francês", explicou à agência Lusa o enólogo responsável pelo Poliphonia Signature, Pedro Baptista.

O Poliphonia Signature tem a sua origem em três propriedades de Henrique Granadeiro no distrito de Évora, duas em Reguengos de Monsaraz e a outra em S. Mansos, que totalizam aproximadamente 100 hectares de vinha. A adega situa-se no Monte dos Perdigões, em Reguengos.

O vinho premiado é o topo de gama da Granadeiro Vinhos e a colheita de 2008 foi a segunda a ser lançada desta marca. Segundo o responsável, o vinho foi engarrafado há cerca de dois anos, possui "bastante estrutura e bastante concentração e evolui muito bem em garrafa".

"O prémio deixou-nos muito satisfeitos. É sem dúvida o maior prémio que este vinho já teve", salientou Pedro Baptista.

Além do Poliphonia Signature, dez outros vinhos portugueses, todos tintos, foram agraciados com a grande medalha de ouro do certame, que este ano teve lugar em Guimarães. Seis desses vinhos são alentejanos e os restantes são produzidos na região do Tejo.

Portugal com 297 medalhas

No total foram atribuídas 2435 medalhas. A França manteve a sua posição de líder com 670 medalhas, seguida da Espanha, que recebeu 461 medalhas, de Portugal (297 medalhas), Itália (257), Chile (160), África do Sul (98), Suíça (65) e Austrália (57).

De acordo com a organização, citada pela Lusa, Portugal, país que pela segunda vez acolheu o concurso, "progrediu tanto em volume como na qualidade dos vinhos apresentados". Este ano foram quase mil os vinhos lusos a concurso, o que corresponde a um crescimento de cerca de 44% face à edição anterior.