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Movimento quer inverter banalização do acesso à droga em Portugal

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Movimento quer inverter banalização do acesso à droga em Portugal

A banalização das drogas em Portugal está a preocupar um grupo de cidadãos que, para tentar reverter esta tendência, criou o movimento "Ter esperança é fazer diferente", apresentado domingo em Lisboa.
Apresentado publicamente, num encontro de famílias na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o movimento pretende mobilizar os cidadãos para debater a banalização de drogas que atinge Portugal e suas consequências ao nível familiar e social, disse à Agência Lusa o psicólogo Carlos Fugas, que integra o movimento encabeçado pelo juiz desembargador Rui Rangel.
Para Carlos Fugas, o melhor exemplo da banalização do consumo de drogas em Portugal é a proliferação de "smart shops", onde, ao abrigo da lei, "se vendem substâncias aditivas e muito perigosas, que mimetizam as drogas ilegais com efeitos extremamente perturbadores e graves ao nível da saúde".
A título de exemplo citou a "salvia divinorum", que tem propriedades alucinatórias e delirantes semelhantes ao LSD, vendida legalmente nas "smart shops", e os chamados "cogumelos mágicos", "que são extremamente perigosos".
"É impensável que a Holanda, o país mais permissivo ao nível das drogas, proíba a venda de cogumelos mágicos e Portugal o permita", sublinhou Carlos Fugas.
Para o psicólogo, "a banalização das drogas e o aumento das 'smart shops' assume ainda maior gravidade por os jovens poderem adquirir drogas naquelas lojas.
"O inquérito mais recente do Instituto da Droga e da Toxicodependência refere que, nos últimos cinco anos, aumentou o consumo de haxixe nas escolas e isso já é preocupante; se o aliarmos ao aumento das 'smart shops', há que pensar que a tendência é cada vez mais para a banalização e para a descriminalização das drogas com os problemas consequentes que traz às famílias, sobretudo quando existem filhos adolescentes", frisou.
O tráfico de metadona, o aumento do consumo de álcool por parte dos jovens, a venda de drogas pela Internet, e o "clima de facilitismo que se criou para negociantes, que são legais, mas também para os traficantes, que são ilegais", são preocupações do movimento, que está a recolher assinaturas com vista a promover um grande debate nacional, acrescentou o psicólogo.
"Não estamos contra a descriminalização da droga em Portugal, mas a forma como foi implantada, levou a uma banalização" do acesso à droga, frisou.
Daí que o movimento pretenda exigir políticas mais restritivas a nível nacional, limitações ao acesso a "smart shops" e uma regulamentação "precisa e exigente" sobre as substâncias que aqueles espaços podem comercializar.
"É impensável que o Estado permita que todas as semanas abram 'smart shops' em Portugal", concluiu o psicólogo.


Jornal de Notícias
 
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