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Trabant - O Automóvel da Alemanha Oriental!

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GF Platina
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O Trabant foi um automóvel produzido pela empresa Sachsenring, em Zwickau, na Alemanha Oriental, a República Democrática da Alemanha (R.D.A.), entre 1957 e 1991.
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O desempenho não era o forte do Trabant, que atingia uma velocidade máxima de 100 km/h e acelerava de 0 a 80 km/h em 20 segundos, apesar de pesar apenas 615 kg. Por outro lado, fazia cerca de 11 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Em seu ritmo lento, naturalmente.
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Modelo Trabant P60 Combi numa feira de automóveis (este último em versão TAXI)

O Trabant foi produzido em dois modelos principais:
- O primeiro modelo foi o Trabant P50, também conhecido como Trabant 500, com um modesto motor de 500 C.C. de cilindrada, produzido entre 1957 e 1963;
- O segundo modelo foi a série P60, conhecida como Trabant 600, com motor ampliado para 594 C.C. de cilindrada, produzida entre 1963 e 1991.
As séries 500 e 600 tiveram modelos sedãs e camionetas, e a série 600 teve também uma versão conversível.

Os motores de todos os modelos eram de dois cilindros, de dois tempos e refrigeração a ar.
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Fotografias do Trabant P50 ou Trabant 500 (modelo produzido entre 1957 e 1963).
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Trabant P60 ou Trabant 600 (modelo produzido entre
1963 e 1991).

O Trabant P60 de apenas 3,37 metros de comprimento e 1,5 metro de largura usava motor de dois cilindros e dois tempos, refrigerado a ar. O motor gerava míseros 26 CV de potência, apenas 6 CV a mais que o anterior, e 5,3 KGF de torque. O carro não tinha comando de válvulas, bomba de óleo, radiador ou bomba de água. O combustível chegava ao carburador pela força da gravidade.

Mesmo com os avanços do último modelo, o Trabant 601, o Trabi era um carro popular de extrema simplicidade. O interior era extremamente espartano e simples para baratear custos e aumentar a produção. Além do pequeno sedã, era oferecida uma carrinha de três portas apenas, a Universal, com a mesma mecânica.
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Um exemplar da versão station wagon do Trabant 601.

Em 1988, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sachsering tentou modernizá-lo (pois nas décadas de 70 e 80, o Trabant recebeu ligeiros melhoramentos, como um sistema eléctrico de 12 V, freios mais eficientes e uma melhor relação de óleo a ser adicionado ao combustível. Muitas mudanças eram aplicadas aos modelos antigos, que se viam "reciclados" para mais algum tempo de serviço), e passou a utilizar o motor de quatro cilindros com quatro tempos e 1,1 litro do Volkswageen Polo. Outras tentativas já haviam sido feitas por exemplo, com motor do Fiat 128.
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Trabant P50 Limousine (1958)
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Após a abertura do mercado, o carro não resistiu à concorrência com os modelos ocidentais. Às exactas 14h51 do dia 30 de Abril de 1991, era encerrada a produção do Trabant, depois de um total de 3.069.099 unidades vendidas não só em países do Leste Europeu, como também na Holanda e Bélgica, por exemplo.

A empresa foi privatizada em 1994, após a reunificação da Alemanha, e salva da extinção pelos irmãos Ulf e Ernest-Wilhelm Rittinghaus, que a tornaram lucrativa.
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Um belo modelo em miniatura do Trabant P50 ou Trabant 500 Limousine.

Actualmente, a Sachsering produz peças para Jaguar, BMW, Audi e Opel, e recentemente passou a oferecer as suas acções na bolsa de valores de Frankfurt. Na época da falência, empregava 8000 funcionários, hoje apenas 500 empregados.

Uma curiosidade: Quando o muro de Berlim caiu em 1989, os donos dos Trabants deixava-os nas ruas, pois ao verem como eram atrasados, os seus donos os rejeitavam.

Estima-se que existam actualmente, cerca de 200 mil Trabants em circulação, cobiçados por coleccionadores de todo o mundo. O Trabi permanece como o maior símbolo da extinta R.D.A. e de tudo que ela representou. O fim do singelo automóvel coincide com o fim da Guerra Fria e da divisão bipolar do mundo. Hoje, ele é um marco desse tempo que passou, um tempo que ficou para trás quando sopraram os ventos da mudança.
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Trabant cor de rosa numa feira de automóveis para coleccionadores, em
Sopronpuszta, fronteira da Hungria com a Áustria, a 220 km de Budapeste
(Hungria).
 
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