• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Carros de luxo lucram com crise do sector automóvel

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Carros de luxo lucram com crise do sector automóvel

A crise de vendas no automóvel está a provocar alterações profundas nas quotas de mercado, com marcas como a BMW e Audi a venderem mais carros que Opel, Ford, Citroen ou Fiat, uma situação histórica e nunca antes constatada.
Segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), pela primeira vez na história da indústria automóvel em Portugal, as marcas 'premium' como a BMW, Audi e Mercedes conseguem estar em quarto, quinto e oitavo lugar, respectivamente, como as que mais vendem.
O trio alemão, apesar de também ter quedas nas vendas que variam entre os 27,7 por cento (BMW), 20,9 por cento (Mercedes) e 19,9 por cento (Audi), estão a ganhar mercado pela queda significativa, por volta dos 50 por cento, das marcas generalistas.
Ou seja, devido à crise económica, a quebra de rendimentos das famílias portuguesas está a afectar mais as vendas dos automóveis dirigidos aos portugueses com menos posses do que as marcas com carros mais caros.
Uma das razões para as marcas como a BMW, Audi e Mercedes estarem a subir no 'ranking' das vendas tem também a ver com a nova estratégia adoptada pelas marcas em diversificar cada vez mais a sua oferta com modelos que competem, em termos de preço, com as marcas generalistas, refere Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP à Lusa.
João Trincheiras, porta-voz da BMW Portugal, afirma que o quarto lugar da marca nas vendas «é uma situação que não é normal», mas que se deve ao facto de a BMW «ter alargado a sua gama de oferta para modelos de segmento mais baixo, como o Serie 1, que custa 27900 euros».
Licínio Almeida, director geral da Audi, é da mesma opinião, referindo que a Audi tem «vindo continuamente a alargar a sua oferta, seja através de novos modelos», como é o caso do A1 e A1 Sportback, o Q3 e o A7 e «novos derivativos de modelos existentes e novas motorizações».
Já André Silveira, porta-voz da Mercedes Benz Portugal, indica que esta tendência já tem alguns anos, pelo menos, desde que «a Mercedes-Benz lançou a primeira geração do Classe A, a que veio juntar-se, em 2005, o Classe B, um automóvel que rapidamente se tornou um sucesso de vendas».
O responsável da Mercedes Benz faz questão de sublinhar que, quando se analisa o preço de um automóvel, «devemos sempre olhar para todo o seu ciclo de vida», ou seja, o preço de compra ajustado ao equipamento que possui, o preço da manutenção durante os quatro ou cinco anos que em média as pessoas detêm o veículo e, «acima de tudo, o valor de retoma da viatura quando o mesmo for vendido».
No caso da BMW, a marca «tem beneficiado de um ciclo de produto muito forte e muito jovem», adianta João Trincheiras, até porque lançou recentemente o novo Serie 3, Serie 1 e Serie 5.
Tanto os responsáveis da BMW como da Audi consideram que as marcas 'premium' «resistem melhor à crise», mas também quando o mercado cresce brutalmente, as suas vendas «não sobem tanto», sendo «menos afectadas pelas flutuações de mercado», registando uma «elasticidade diferente das marcas generalistas».
Hélder Pedro refere que actualmente, as marcas 'premium' «têm uma oferta muito diversificada, concorrendo não só entre elas como com as marcas generalistas nos segmentos A e B [os automóveis mais pequenos e mais baratos], permitindo que os mais jovens escolham automóveis de marca 'premium' que não estavam antes disponíveis».
Uma outra razão para um aumento da quota dos 'premium' tem a ver com a forte queda do mercado de particulares e uma queda mais suave do mercado empresarial: «O mercado de particulares tem caído mais que o empresarial, devido ao empobrecimento das famílias, ligado ao aumento do desemprego, o corte de subsídios no Estado e outros factores que fazem com que existam poucas famílias a comprar carro novo», refere o secretário-geral da ACAP.
Licínio Almeida adianta que o mercado das marcas 'premium' «é maioritariamente (mais de 70 por cento) constituído por empresas, que neste contexto de crise generalizada ainda têm alguma capacidade aquisitiva».

Lusa/SOL
 

Nelson14

GF Platina
Entrou
Fev 16, 2007
Mensagens
10,087
Gostos Recebidos
10


Isto prova que os ricos cada vez ficam mais ricos, e o pobre cada vez mais pobre... é que paga a crise


 
Topo