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Estripador deu todas as pistas
Foi o próprio José Guedes quem forneceu todos os detalhes que permitiram estabelecer a sua ligação e incriminação na morte de uma prostituta em 2000, em Cacia, Aveiro.
O Ministério Público desta comarca, que esta semana deduziu acusação por homicídio qualificado contra o 'estripador', concluiu que todos os pormenores que este relatou à jornalista do SOL, Felícia Cabrita, «são coincidentes» com os daquele crime, que até hoje estava por esclarecer – nomeadamente, as descrições físicas da vítima e do local do crime, e até da estrada e dos caminhos até à casa onde Filipa Ferreiro, de 18 anos, foi encontrada morta, a 16 de Janeiro de 2000.
Mais: segundo afirma a Polícia Judiciária (PJ) no relatório final da investigação, «não colhe» a tese de que tudo não teria passado de «ficção» para enganar o SOL, como a certa altura o arguido e um filho deste vieram alegar. «À luz do senso comum», salienta-se, José Guedes «não conseguiria adivinhar os pormenores do cenário do crime que relatou às jornalistas» Felícia Cabrita e Maria Lopes (da SOL TV, que a acompanhou na investigação e gravou todas as conversas). Estas, aliás, fazem parte da lista de 33 testemunhas que o MP indica para o julgamento – e que desde já requereu que venha a realizar-se com júri.
SOL