• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Polícia forja confronto para esconder execução de seis

R

RoterTeufel

Visitante
Mortes num bar na zona leste de São Paulo
Polícia forja confronto para esconder execução de seis


As seis mortes de presumíveis membros da facção crminosa Primeiro Comando da Capital, ocorridas na noite de segunda-feira na zona leste da cidade de São Paulo durante um suposto confronto com a polícia, na verdade podem ter sido execuções sumárias. A acção policial, que até ao final da manhã desta terça-feira era elogiada como uma vitória das forças de segurança sobre o crime organizado, passou a ser vista como mais um crime bárbaro cometido por agentes da lei.

Tudo mudou quando uma testemunha ligou para a polícia depois de ver as manchetes da imprensa sobre a operação e as declarações do comandante da força que participou no suposto confronto e desmentiu tudo. Segundo essa testemunha, que já está sob protecção da justiça para não ser eliminada, os seis alegados membros da facção criminosa foram friamente assassinados pelos polícias depois de sofrerem muito.

A testemunha contou à Corregedoria (serviço de inteligência interna) que os suspeitos, ao serem surpreendidos pela polícia quando estavam no bar de um lava-rápido na Rua Osvaldo Sobreira, no bairro da Penha, cerca das 21 horas de segunda-feira, pouco puderam fazer e foram dominados com vida. Só que depois, sempre de acordo com a testemunha, os agentes levaram os seis para o Parque do Carmo, zona de bosque ali perto, e torturaram bárbaramente os suspeitos.

Em seguida, os polícias voltaram ao local onde os homens tinham sido capturados e atiraram neles à queima-roupa, forjando um confronto à bala. Quando outras viaturas com mais polícias chegaram, o que parecia era que realmente tinha havido reacção dos suspeitos e um confronto mortal, versão que ficaria como verídica não fosse a testemunha ter a coragem de denunciar os assassínios.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o depoimento da testemunha sem dar mais detalhes e anunciou que todos os polícias envolvidos na operação de segunda-feira já estão presos. Eles vão ser ouvidos separadamente para se confrontarem as suas declarações.

Na versão oficial da Polícia Militar, divulgada pelo Major Marcelo Gonzalez Marques, os seis suspeitos mortos e outros oito que também se encontravam no local, cinco dos quais fugiram e outros três foram presos, estavam reunidos para ultimarem uma acção de resgate de um líder da facção que ia ser transferido de uma prisão perto daquele local para uma penitenciária de alta segurança a 611 km de São Paulo. Ainda segundo o major, ao perceberem a presença da polícia, que presumivelmente foi avisada por uma denúncia anónima, os suspeitos teriam aberto fogo cerrado contra os agentes, que reagiram e mataram os seis.

C. da Manha
 
Topo