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Silva Carvalho aguarda desvinculação do segredo de Estado

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Silva Carvalho aguarda desvinculação do segredo de Estado

O antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho anunciou ontem que pediu a sua desvinculação do segredo de Estado, pelo que só prestará esclarecimentos, em julgamento, quando o pedido for anuído.
O anúncio foi feito em comunicado, através do seu advogado, João Medeiros, depois de o semanário Expresso ter noticiado ontem, na sua edição online, que o ex-director do SIED e ex-administrador do grupo Ongoing tinha um relatório detalhado sobre a vida do director do jornal, Ricardo Costa.
O comunicado refere que, «por opção consciente e pensada», Jorge Silva Carvalho, acusado de acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação de segredo de Estado, «remeteu-se ao silêncio e prestará esclarecimentos em sede de julgamento, após, como solicitou e espera, vir a ser desvinculado do segredo de Estado que sobre si ainda impende».
Na nota, João Medeiros critica o que considera ser «um linchamento popular» do antigo director do SIED, em que «vale tudo», e o bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, que «toma posição pública sobre um processo concreto e pendente, ao arrepio das normas do estatuto que jurou defender».
«Já não bastava a opinião pública ser bombardeada com interpretações feitas pelos senhores jornalistas de elementos que estão no processo, agora é bombardeada por elementos que se diz, com toda a desfaçatez, não fazerem parte do processo», refere o advogado de Silva Carvalho.
Considerando que o contraditório «é impossível», questionou «como contrariar-se a veracidade de um alegado documento a que não se tem acesso e que oficialmente não existe».
De acordo com informação divulgada ontem pelo Expresso, «uma parte do material registado é de conhecimento público, acessível através da pesquisa em jornais e na Internet, mas há factos que só podem ter sido obtidos através de investigação ou por acesso a fontes fechadas».
O semanário acrescenta que «não conseguiu apurar quando é que o relatório foi produzido ou a pedido de quem».
O director do Expresso, Ricardo Costa, já disse à agência Lusa que quer saber quem ordenou um relatório sobre a sua vida profissional e pessoal e espera que essa resposta seja dada «ao mais alto nível».
A notícia do semanário e o comunicado do advogado de Silva Carvalho surgem na véspera do debate quinzenal no Parlamento com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre o caso das Secretas, por indicação do Governo.
Jorge Silva Carvalho pediu a exoneração do cargo de director do SIED a 8 de Novembro de 2010, tendo iniciado funções na Ongoing em 2 de Janeiro de 2011. Contudo, manteve contactos regulares com dirigentes intermédios do SIED que promovera ou apoiara e continuou a ter acesso a documentação daqueles serviços.
Outro dos arguidos no caso das Secretas é o presidente do grupo de media Ongoing, Nuno Vasconcellos, que o Ministério Público acusou de corrupção activa.

Lusa/SOL
 
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