• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Barcelos: 'falso padre' já saiu da cadeia, família pagou a multa

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
ng1243594_435x190.jpg


'Falso padre' já saiu da cadeia, família pagou a multa

O «falso padre» Agostinho Caridade, que estava preso desde 8 de Maio para cumprir uma pena que lhe tinha sido aplicada pelo Tribunal de Felgueiras, já está em liberdade, informou à Lusa fonte ligada ao processo.
Em Julho de 2010, aquele tribunal julgou à revelia Agostinho Caridade e condenou-o a 350 dias de multa, à taxa diária de cinco euros, o que dá um total de 1750 euros, pelos crimes de usurpação de funções e de burla simples.
As vítimas foram um casal de idosos de Santão, Felgueiras, em cuja residência o «falso padre» realizou vários exorcismos e celebrou uma missa, em Novembro de 2008.
O arguido não pagou a multa e andou fugido da justiça, até que em 8 de Maio último foi «apanhado» pela GNR em Durrães, Barcelos, concelho de onde é natural, e conduzido ao Estabelecimento Prisional de Viana do Castelo.
Segundo aquela fonte, a família pagou o «remanescente» da multa e Agostinho Caridade foi libertado, no final da semana passada.
Entretanto, Agostinho Caridade tem pendente mais uma pena, suspensa, de dois anos e meio de prisão, aplicada pelo Tribunal de Santo Tirso, em Outubro de 2011, pelos crimes de usurpação de funções e de burla qualificada.
Para a suspensão da pena, o arguido, que também neste caso foi julgado à revelia, ficou obrigado a indemnizar, no prazo de dois anos, 4.727 euros a três pessoas que burlou, bem como a pedir desculpa, no prazo de 15 dias, à Arquidiocese de Braga, às paróquias onde exerceu ilegalmente e aos respectivos paroquianos.
«À Paróquia de Alvarelhos não pediu desculpa nenhuma», garantiu à Lusa o pároco local, José Ramos.
Agostinho Caridade foi ainda condenado, a título de danos não patrimoniais, a pagar 3.000 euros por ter «lesado a fé» dos queixosos.
O tribunal deu como provado que, em 2004, o arguido conseguiu «penetrar» na Igreja, quando contactou o pároco de Santiago de Bougado, na Trofa, então já num estado de saúde muito debilitado, e se ofereceu para o ajudar.
Apresentou-se como João Luís e como sendo um padre missionário, pertencente à Ordem dos Camilianos.
O pároco de Bougado foi passando a palavra a outros sacerdotes e a fama «de bom padre» do burlão foi-se espalhando, pelo que começou a ser contactado para vários serviços, sobretudo nas dioceses de Braga, Porto e Algarve.
Como ia «recomendado» por um colega de ofício, nunca ninguém se lembrou de lhe pedir a identificação.
Entretanto, o pároco de Alvarelhos começou a desconfiar, por causa de alguns comportamentos, palavras e contradições do arguido, e encetou uma investigação, tendo concluído que ele não era nem nunca foi padre.
O arguido foi detido em Junho de 2007, quando se preparava para presidir a um baptizado em Areias, Santo Tirso, e responsáveis da diocese de Braga e a PSP irromperam pela igreja dentro, desmascarando-o.
Foi constituído arguido e ficou a aguardar julgamento em liberdade, tendo até encenado um eventual suicídio, quando abandonou a sua viatura numa praia de Viana do Castelo.

Fonte: Lusa/SOL
 
Topo