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PS digere a herança de José Sócrates

florindo

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PS digere a herança de José Sócrates

Longe vão os tempos em que Francisco Assis saiu do hemiciclo, irritado por o seu líder parlamentar, Carlos Zorrinho, ter sugerido a refundação do PS. Hoje, o legado de José Sócrates deixou de ser ponto de discussão interna. Com a demarcação progressiva do actual Governo, António José Seguro vem também legitimando algumas políticas de investimento público que caracterizaram o anterior Governo.
O sector socrático do PS, porém, vai mais longe, alegando que a cada dia que passa se acumulam as provas de que Sócrates tinha o que era preciso, Passos não. «É muito fácil. José Sócrates tinha liderança e ambição. Tinha uma agenda reformista e modernizadora. Tudo o que agora não existe no Governo», resume ao SOL André Figueiredo.
O actual deputado, chefe de gabinete no Rato do homem que governou Portugal durante seis anos, diz que o ex-PM só falhou porque, numa altura de crise, «lhe cercaram o caminho», chumbando o PEC IV.
E o que dizer dos processos judiciais e comissões de inquérito que questionam a legalidade da sua actuação? «São cortinas de fumo que pretendem entusiasmar os media, para deixar de serem fiscalizadores dos graves problemas a que este governo já levou o país», diz André Figueiredo. A deputada Inês Medeiros diz que há um ano «havia uma obsessão personalizada» – Sócrates era o único culpado da crise. «Agora parece que o problema é exclusivamente internacional», ironiza.

PS ainda acredita no TGV

Renato Sampaio, um dos indefectíveis de Sócrates, acredita no acerto do modelo de desenvolvimento das comunicações, tão criticada pelos seus custos avultados e ocultos. «A paragem dos grandes projectos, como o TGV e a política de portos vai ser desastrosa. Admiram-se depois que o centro da Europa tenha crescimento económico grande. Um país periférico precisa de ter transportes eficientes», diz ao SOL o deputado pelo Porto. Renato Sampaio concentra-se por estes dias em defender Sócrates, na comissão de inquérito às parcerias público-privadas.
A defesa de uma estratégia para o porto de Sines, com a ligação ferroviária rápida a Espanha está em sintonia com a actual direcção. «Vai haver TGV, é estratégia a ligação a Sines, uma porto que pode fazer a ligação aos mercados asiáticos, através do canal do Panamá», diz ao SOL o dirigente Álvaro Beleza. Outro dirigente actual do PS, João Ribeiro, diz ao SOL que Sócrates «tem um legado indesmentível – percebeu a importância estratégica da política de energia. Isto só vai ser percebido daqui a gerações».
O_PS parece cada vez mais longe do Governo. Hoje, vota contra mais uma reforma da troika _– a lei do arrendamento. Isto, dois meses depois de ter ‘descolado’ do memorando, chumbando a reforma autárquica, que obriga à redução das freguesias.
Francisco Assis está contente com o PS mais ‘duro’ com o Governo. «Tem agido com especial contundência crítica», nota, «continua a fazer bem», nota o deputado, após dar o seu aval à fase em que o PS_foi «excepcionalmente responsável». O_partido não é agora «irresponsável» mas não é, «como outros desejariam, um PS domesticado», escreve ontem no «Público».
Um dirigente do PS nota ao SOL_que o caminho da divergência com o Governo «solidifica internamente o partido» e permite «afirmar-se como alternativa política», ressalvando que não haverá espaço para «proteger condutas ilegais». A fiscalização das PPP é o caso mais sensível.

Fonte: SOL
 
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