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Próximo PGR pode não ser um procurador
A ministra da Justiça defendeu hoje que o próximo Procurador-Geral da República terá de ser alguém «que ame o Ministério Público», que lute pela sua dignificação, rejeitando a ideia de que tenha necessariamente que ser um procurador.
Em entrevista à agência Lusa, Paula Teixeira da Cruz revelou que desejava que o substituto de Pinto Monteiro, que é juiz de carreira e vai deixar o cargo em Outubro, fosse «alguém que amasse o Ministério Público em tudo o que isso significa», que ajude a dotar esta magistratura «de maior independência e maior autonomia».
«Não tem necessariamente que ser alguém dentro da casa», precisou Paula Teixeira da Cruz, acrescentando que a pessoa escolhida tem apenas de ser alguém que «entenda, compreenda e que lute pela dignificação».
A esse propósito disse entender quem «num país onde tem havido uma cultura de grande impunidade, o Ministério Público seja muito mal-amado».
Quanto à reforma penal e processual penal intercalar, que brevemente entrar a vigor, e ao combate às expedientes dilatórios, a ministra da Justiça alegou que as propostas prevêem que, a partir da condenação em primeira instância, a prescrição seja suspensa, e portanto «acabou a brincadeira».
Apesar de reconhecer que actual sistema penal favorece os ricos, Paula Teixeira da Cruz salientou que «nunca como agora se viram tantos poderosos sentados no banco dos réus».
Fonte: Lusa/SOL