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Julgamento de Breivik chega ao fim com pedido de absolvição
Chegou ao fim o julgamento de Anders Breivik, o autor confesso de 77 mortes no passado mês de Julho em Oslo.
Nas alegações finais, declarou-se mentalmente são e pediu absolvição por massacre «necessário» para proteger a Noruega de um «inferno multiculturalista».
O último dia do julgamento ficou marcado pela leitura de uma declaração onde o extremista anti-muçulmano explicava o porquê do seu comportamento no fatídico dia 22 de Julho de 2011.
A tentativa de justificação de tamanho massacre valeu-lhe a saída da sala de cerca de 30 pessoas, entre familiares e amigos das vítimas que se levantaram em jeito de protesto.
Durante a leitura, Anders Breivik apelou ao Tribunal que o considerasse mentalmente são e que o absolvesse dos crimes de terrorismo e homicídio premeditado de que é acusado.
Segundo o arguido, «a História mostra que é preciso cometer pequenos actos bárbaros para prevenir uma barbárie maior», pelo que os ataques de Julho terão sido cometidos em nome da «protecção» do povo norueguês.
Numa declaração descrita pela imprensa como incoerente, Breivik atacou tudo o que considera errado no mundo, desde os noruegueses que representaram o país no Festival Eurovisão da Canção até ao estilo de vida demasiado liberal retratado na série americana ‘O Sexo e a Cidade’.
O advogado de defesa, Geir Lippestad, acrescentou que o seu cliente foi coagido por políticas extremistas, mas que deve ser considerado psicologicamente são.
A acusação, por seu lado, apela a que o acusado seja considerado demente e, consequentemente, que seja internado numa instituição psiquiátrica.
Depois de 10 semanas de julgamento, a sentença será ouvida no próximo dia 24 de Agosto. O objectivo máximo da defesa é ver provada a sanidade mental do arguido.
A ser considerado culpado, Breivik deverá enfrentar a pena máxima de 21 anos de prisão, que se pode prolongar caso seja considerado socialmente perigoso.
Fonte: AP/SOL