R
RoterTeufel
Visitante
UE: Braço-de-ferro nos bastidores da cimeira
Monti ameaçou bater com a porta
A maratona negocial que culminou sexta-feira de madrugada no acordo para a recapitalização da Banca através dos fundos de resgate europeus foi tensa e teve momentos dramáticos, com o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, a ameaçar demitir-se se a chanceler Angela Merkel não recuasse na sua oposição às pretensões de Itália, Espanha e França. Foi a primeira vez desde o início da crise que a ‘Senhora Não’ da Europa deu o braço a torcer.
Desde o primeiro minuto da Cimeira que Itália e Espanha – apoiadas pela França – tinham deixado bem claras as suas intenções: não sairiam de Bruxelas sem um acordo que aliviasse a pressão dos mercados sobre as suas economias. Para o conseguir estavam dispostas a "bloquear tudo" – incluindo o crucial pacto de incentivo ao crescimento, estimado em 120 mil milhões de euros.
As negociações prolongaram--se noite dentro e, segundo fontes diplomáticas citadas pelo ‘El País’, o momento decisivo ocorreu já depois das 03h00 da madrugada de sexta-feira, numa reunião entre Monti e Merkel. A chanceler alemã mostrava-se irredutível, como sempre, mas o chefe do governo italiano ameaçou bater com a porta e agravar ainda mais a instabilidade nas economias da Zona Euro. Pela primeira vez, Merkel cedeu.
"Itália e Espanha conseguiram o que queriam. Foi a primeira vez em mais de dois anos de crise que a Europa recusou seguir as ordens da Alemanha", notou ontem o jornal alemão ‘Bild’.
C. da Manha
Monti ameaçou bater com a porta
A maratona negocial que culminou sexta-feira de madrugada no acordo para a recapitalização da Banca através dos fundos de resgate europeus foi tensa e teve momentos dramáticos, com o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, a ameaçar demitir-se se a chanceler Angela Merkel não recuasse na sua oposição às pretensões de Itália, Espanha e França. Foi a primeira vez desde o início da crise que a ‘Senhora Não’ da Europa deu o braço a torcer.
Desde o primeiro minuto da Cimeira que Itália e Espanha – apoiadas pela França – tinham deixado bem claras as suas intenções: não sairiam de Bruxelas sem um acordo que aliviasse a pressão dos mercados sobre as suas economias. Para o conseguir estavam dispostas a "bloquear tudo" – incluindo o crucial pacto de incentivo ao crescimento, estimado em 120 mil milhões de euros.
As negociações prolongaram--se noite dentro e, segundo fontes diplomáticas citadas pelo ‘El País’, o momento decisivo ocorreu já depois das 03h00 da madrugada de sexta-feira, numa reunião entre Monti e Merkel. A chanceler alemã mostrava-se irredutível, como sempre, mas o chefe do governo italiano ameaçou bater com a porta e agravar ainda mais a instabilidade nas economias da Zona Euro. Pela primeira vez, Merkel cedeu.
"Itália e Espanha conseguiram o que queriam. Foi a primeira vez em mais de dois anos de crise que a Europa recusou seguir as ordens da Alemanha", notou ontem o jornal alemão ‘Bild’.
C. da Manha