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EDP desafia Galp e avança com descontos no gás e electricidade

florindo

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A EDP vai atacar o mercado livre de gás desafiando a líder Galp, avançando a partir de hoje com descontos de 10 por cento na factura do gás e 2 por cento na da electricidade face à tarifa regulada.Num encontro com os jornalistas, o presidente executivo da EDP, António Mexia, referiu que este ataque ao mercado regulado de gás e de electricidade permite «antecipar a liberalização total a partir de 1 de Janeiro de 2013» e é uma «boa proposta» perante os aumentos de 6,9 por cento no gás em vigor desde domingo.
Miguel Stilwell, administrador da EDP, refere que a nova oferta de desconto «joga com as tarifas transitórias» que serão aplicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a partir de 1 de Janeiro de 2013 e que serão revistas de três em três meses até 31 de Dezembro de 2015.
A actualização de preços, decorrente dos compromissos assumidos pelo Governo junto da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), com vista à liberalização do mercado do gás e da electricidade, tem como objectivo «obrigar» os consumidores a escolher um fornecedor em regime de mercado livre.
O administrador da EDP diz estar «confiante» na adesão dos portugueses a esta nova modalidade de tarifa dual (gás + electricidade), até porque a empresa já tem essa experiência em Espanha: «Temos mais de um milhão de clientes de gás na Península Ibérica e o grosso dos nossos clientes (700 mil) estão no mercado livre, sendo que já fazemos a oferta dual há oito ou mais anos».
Questionado sobre a última campanha da EDP, em que em associação com o cartão Continente, oferecia um desconto de 10 por cento na electricidade sobre a tarifa regulada, António Mexia afirma que «houve claramente subinformação sobre o mercado livre» que não competia à empresa, mas que, apesar da polémica, «acabou por ser importante porque levantou questões sobre o fim do mercado regulado, acabando por ter um efeito pedagógico».
A Galp anunciou recentemente que vai prolongar a sua campanha de oferta dual de um desconto de 5 por cento no gás e 5 por cento na electricidade e alargou a potência na electricidade até 20,7 KvA, quando antes era até 10,35 KvA. Este alargamento permite abarcar as pequenas e médias empresas e os estabelecimentos comerciais que consomem electricidade, que viu a partir de domingo a sua factura regulada agravada em 2 por cento.
No encontro com os jornalistas, António Mexia referiu que uma possível entrada mais cedo e em força da EDP no mercado do gás deveu-se a «questões operacionais» com a Galp, a líder com quase 75 por cento do mercado.
«Contamos com a boa vontade da Galp», disse Miguel Stilwell, acrescentando estar confiante que conseguirão operacionalizar tudo para que o consumidor, ao mudar para a EDP, não sinta qualquer diferença a todos os níveis «a não ser no preço».
Para o administrador da EDP, o mercado eléctrico «é muito transparente enquanto que o mercado do gás é mais opaco», o que se ficou a dever «a um caminho percorrido», já que a liberalização na electricidade iniciou-se em 2006 e o do gás praticamente agora.
A campanha da EDP vai decorrer até 31 de Agosto, sendo que quem contratar o serviço terá os preços assegurados até 30 de Junho de 2013 e terá de fazer um novo contrato com a EDP Comercial, a empresa do grupo do mercado liberalizado.
«A partir do momento em que um cliente, por exemplo, da Lisboagás passa para a EDP, o consumidor desencadeia uma série de eventos que não se apercebe, apenas passa a pagar à EDP em vez de ser à Lisboagás», refere Miguel Stilwell, acrescentando que «a Lisboagás cobra um preço de utilização das suas infra-estruturas à EDP».

Fonte: Luas/SOL
 
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