• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

19 anos de prisão para homem que degolou a mulher

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
O Tribunal de Benavente condenou hoje a 19 anos de prisão o homem acusado de homicídio qualificado por ter degolado a mulher.
O tribunal determinou ainda que o arguido, de 26 anos, seja expulso do país após cumprir dois terços da pena e pague uma indemnização de 180 mil euros à mãe da vítima.
Para o colectivo de juízes, ficou provado que Bouna Sackho matou a mulher, Helmina Biem, de 23 anos, com uma faca, no quarto do casal, «na sequência de uma discussão devido à ruptura iminente do casamento».
O tribunal não deu qualquer relevância à tese apresentada pelo arguido, durante o julgamento, de que teria agido em legítima defesa.
A versão foi desmontada e contrariada pela inspectora da Polícia Judiciária responsável pela investigação, aquando da sua audição.
A presidente do colectivo, Carla Ventura, considerou o crime «atroz», destacando o facto de o homicida em momento algum «ter demonstrado arrependimento ou emoção», apesar de ter pedido perdão à família nas alegações finais.
O tribunal não teve dúvidas de que o arguido, após ter matado a mulher no quarto, quando esta se encontrava «nua e vulnerável», andou «de um lado para o outro no interior da casa». Cerca de duas a três horas depois, «sentou-se num canto da casa de banho» e decidiu auto-infligir vários golpes na zona torácica e no pescoço.
«Só não fiquei convencida se esses golpes eram para se suicidar ou para arranjar uma forma de se desculpabilizar.
O senhor matou a sua mulher.
Quando saiu de casa e foi pedir ajuda aos vizinhos, essa ajuda era para si, que se esvaía em sangue, e não para a sua esposa», sustentou a presidente do colectivo.
Quanto ao pedido cível, Carla Ventura disse que «nada compensa a morte de uma filha», determinando que o arguido pague 180 mil euros à mãe da jovem.
«Estou francamente satisfeita com esta decisão. Quer a nível criminal, quer quanto ao pedido cível. Nada justifica assassinar alguém, mas o que mais me impressionou em todo o julgamento foi a postura e a indiferença do arguido. Mesmo quando confrontado com as fotos chocantes do crime, não manifestou algum tipo de emoção», disse a advogada de defesa à saída da sala de audiências.
Ana Casquinha considera não haver motivos para que o seu colega recorra da decisão, mas disse que não ficará admirada se isso acontecer.
O defensor de Bouna Sackho não esteve presente na leitura do acórdão, havendo a necessidade de chamar uma advogada oficiosa para o substituir, o que atrasou o início da sessão.
Ainda assim, a causídica considerou a pena «equilibrada», escusando-se a fazer mais comentários, já que não é a responsável pelo caso.
Segundo o despacho de acusação, na noite de 11 de Setembro do ano passado, durante uma discussão relativa à ruptura do casamento, o arguido desferiu vários golpes na mulher, com uma faca de cozinha de 33 centímetros de comprimento.
De acordo com o MP, Bouna Sackho esfaqueou Helmina Biem várias vezes no pescoço, acabando por degolá-la. A vítima sofreu também ferimentos na zona do dorso e nos membros superiores. Segundo a acusação, as lesões no pescoço e no dorso provocaram a morte da mulher.
O MP sustentava que as circunstâncias e o modo de actuação eram especialmente censuráveis, uma vez que a vítima foi agredida no quarto do casal, no apartamento onde ambos residiam, em Samora Correia, quando se encontrava nua e vulnerável.
O MP defendia que a mulher ainda tentou fugir e defender-se das agressões do marido, tendo em conta os ferimentos nas mãos e nas costas.

Fonte: Lusa/SOL
 
Topo