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Trabalhadores da central de Fukushima terão recebido ordens para tapar medidores de radiação

florindo

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Os cartazes erguidos por um manifestante, na sexta-feira, diante do edifício do primeiro-ministro japonês, em Tóquio, durante mais um protesto contra a energia nuclear no país
©AP

Nova nota polémica sobre Fukushima. Alguns relatos divulgados por um jornal japonês avançaram que pelo menos nove funcionários da central nuclear, fortemente afectada pelo sismo e posterior tsunami, em Março de 2011, terão recebido ordens para cobrirem os seus aparelhos medidores de radioactividade. Uma investigação já foi iniciada, por ordem do ministro da Saúde.Nos dias que se seguiram ao tsunami, a central nuclear foi o principal alvo das preocupações no Japão. O desastre natural provocara graves danos no sistema de arrefecimento dos reactores da central, urgindo a Tepco, empresa responsável pela gestão da infra-estrutura, em encetar trabalhos para evitar as fugas de radiação.
Dezenas de trabalhadores foram enviados para a central, com o objectivo de evitar ou reparar as fugas. Porém, só poderiam trabalhar caso os níveis de radiação no ar se mantivesse inferiores ao limite de risco para a saúde humana.
A BBC, citando a publicação japonesa, conta que pelo menos nove trabalhadores terão recebido ordens da Buid-up, empresa subempreiteira da Tepco, para que cobrissem os seus aparelhos medidores com escudos em áreas que, de antemão, soubessem que estariam sujeitas a elevados níveis de radiação.
Alegadamente, as ordens pretendiam evitar que a Build-up não perdesse o seu contrato com a Tepco, pois assim manteria os seus funcionários a trabalhar.
Numa gravação citada pela publicação japonesa, o director executivo da empresa terá mesmo dito, numa reunião com os trabalhadores: «A não ser que tapemos [o medidor] com um escudo, a exposição atingirá o máximo e não poderemos trabalhar».
Na altura, os danos na central de Fukushima obrigaram o governo japonês a evacuar milhares de pessoas nas zonas circundantes. Só na passada semana, por exemplo, é que foi aberta uma praia na prefeitura, quase um ano e meio depois do desastre, após ser declarada livre de qualquer risco de radiação.

Fonte: SOL
 
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