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Centenas de trabalhadores administrativos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a quem foi comunicado que irão ser despedidos estão a ser contactados por empresas que lhes propõem salários inferiores para permanecerem nas mesmas funções, acusou hoje um sindicato.Pedro Miguel, técnico do Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE), disse à agência Lusa que recebeu relatos de sócios sobre situações ocorridas em Torres Vedras, Mafra e Lourinhã, acrescentando que, a nível nacional, a situação envolverá «centenas de casos».
As empresas de 'outsourcing' estão a propor ordenados que variam entre os 452 euros (32 horas semanais) e os 490 euros (40 horas) contra recibos verdes a funcionários que recebem entre 600 e 650 euros mensais, refere um comunicado emitido hoje pelo SITESE.
«Se o vencimento mínimo nacional é de 485 euros, como pode o Governo admitir que existam ao seu serviço cidadãos a auferir rendimentos inferiores, associados à precariedade do vínculo», questiona o sindicato no mesmo texto.
O funcionário do sindicato acrescentou que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, responsável pelas estruturas de saúde onde foram identificados casos, confirmou que conhecia a situação, mas descartou qualquer responsabilidade.
A Lusa contactou o gabinete do ministro da Saúde, que disse desconhecer a situação e remeteu para mais tarde uma eventual posição sobre o assunto.
O SITESE refere que a contratação de administrativos com vínculo precário para o SNS ocorre depois de enfermeiros e auxiliares de saúde terem sido abordados pelo mesmo tipo de empresas para prestarem serviços em instituições de saúde públicas em regime de recibo verde.
Fonte: Lusa/SOL