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OCDE: preço da luz pode subir ainda mais

florindo

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A ausência de reformas nos apoios à geração de electricidade poderá aumentar ainda mais o preço da electricidade, que por sua vez teria vez teria consequências muito negativas para as famílias, considera o economista da OCDE Álvaro Pina. Em entrevista à Agência Lusa a partir de Paris, o português que integra a equipa que elaborou o Relatório sobre a Economia Portuguesa 2012, no qual se defende que os custos sejam integralmente passados para todos os consumidores, explica que esta ideia passa por eliminar o défice tarifário, mas também por eliminar injustiças na distribuição dos custos.
«Como economistas não gostamos de subsídios, só em casos muito especiais, porque os subsídios distorcem o comportamento e a competição, e é importante que os custos sejam passados para todos os consumidores, como dizemos no relatório.
Temos de evitar situações onde um grupo de consumidores arca com a maior parte dos custos e subsidia outros.
O que vemos nos custos da electricidade, se os compararmos com os preços a nível internacional, é que em Portugal os preços são mais elevados para as famílias do que para as empresas», diz o economista.
O responsável adverte mesmo para a necessidade de reformas nos subsídios para a geração de electricidade (nos seus vários tipos), caso contrário os preços podem aumentar para níveis extremamente elevados, com consequências particularmente complicadas para as famílias.
«Se este tipo de apoios à geração de electricidade não forem alterados, e os custos forem todos passados para os consumidores, então os preços vão se tornar extremamente elevados - e eles já são elevados em comparação com os preços a nível internacional -, e isso teria claramente consequências muito negativas para as famílias e para a concorrência», argumentou à Lusa Álvaro Pina.
Neste sentido, o economista explica que as recomendações da equipa passam por «reduzir os apoios excessivos» à geração de electricidade, torná-los eficientes considerando o seu custo, algo que a seu ver “iria reduzir os custos da geração da electricidade», ou seja, «a parte dos custos que se passa às famílias é mais pequena».
No relatório, os técnicos da OCDE defendem o fim da subsidiação dos produtores de energia e várias reformas neste domínio, lembrando o aumento do défice tarifário acumulado ao longo dos anos e o seu previsível aumento.
Apesar de reconhecerem algum esforço do Governo neste domínio, os técnicos relembram o compromisso do Governo em acabar com o défice tarifário até 2020 e pedem maiores esforços para reduzir ainda mais os custos com este tipo de apoios.

Fonte: Lusa/SOL
 
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