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Miguel Macedo justifica incêndios com 'tempo seco' e mão criminosa

florindo

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Out 11, 2006
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O Ministro da Administração Interna atribui hoje o aumento do número de ignições às condições climatéricas extremas e a mão criminosa e não à falta de meios, dado que, o número é superior ao do ano passado. «Este ano, ao contrário do ano passado, temos mais equipas de intervenção e meios aéreos no terreno», garantiu Miguel Macedo, à margem da inauguração das obras de ampliação e remodelação do quartel dos bombeiros da Cruz Verde, em Vila Real.
A título de exemplo, o governante referiu que no incêndio ocorrido no Algarve houve críticas, mas não foram à falta de meios.
«Tivemos naquele incêndio e, fará parte do relatório, um conjunto de meios como há muito tempo não se via em Portugal», afirmou.
Às críticas da oposição, Miguel Macedo respondeu que «não é tempo de fazer críticas» e que «a política vem a seguir», agora «estamos concentrados em resolver os problemas».
E fazendo alusão ao ditado popular «em tempo de guerra, não se limpam armas», o governante salientou ser importante «não perder a cabeça» com coisas que, sendo importantes, são menos importantes do que aquilo que é essencial.
Neste momento, ressalvou, é fundamental assegurar todas as condições às corporações para combater os incêndios e não fazer política.
Os incêndios no Algarve consumiram entre 18 e 22 de Julho 26.839 hectares, enquanto na Região Autónoma da Madeira os dados da União Europeia indicam uma área de 5.339 hectares entre 19 e 24 de Julho.
A Autoridade Nacional da Floresta dispõe apenas no seu balanço provisório de registos até 15 de Julho.
O governante avançou à Lusa que, neste momento, não equaciona pedir ajuda «extraordinária» à Comunidade Europeia para fazer face aos prejuízos causados pelo fogo porque já foram tomadas uma «série» de medidas imediatas e adequadas.
As autarquias, em conjunto com as entidades da administração central, explicou, continuam a fazer o levantamento dos prejuízos para acorrer a situações mais complicadas.
«Em termos políticos discutiremos no sítio e momento próprio o que há para debater, mas agora não é o tempo», considerou.
O «excepcional» número de ignições no país, sobretudo nos meses de Fevereiro e Março, deveu-se, realçou Miguel Macedo, ao facto de ser o tempo "mais seco e quente" dos últimos 81 anos.
Este ano, disse, ao contrário do ano passado, as condições climatéricas são «mais adversas» e isso explica o aumento do número de «algumas» das ocorrências.
Mas, além do «tempo seco», Miguel Macedo aponta mão criminosa como outra das causas responsável pelos incêndios.
«Nos seis primeiros meses, já houve uma série de detidos por fogo posto e foram, também, identificados outros presumíveis responsáveis. Estamos à alerta», adiantou.
O presidente da liga dos Bombeiros Portugueses referiu que 85 por cento dos incêndios tem origem criminosa.
Por isso, segundo Jaime Marta Soares, neste país «à beira mar plantado» os fogos não podem ser só evitados através do combate, mas sim fazendo prevenção e ordenamento das florestas.
Os políticos, garantiu, não tem sabido lidar com estas questões.

Fonte: Lusa/SOL
 
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