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João Proença quer PS a votar contra Orçamento do Estado

florindo

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Já nem quem, há um ano, defendia a opção 'responsável' é a favor da abstenção a qualquer custo. Líder da UGT quer voto contra.João Proença valoriza mais a manutenção da concertação social do que o acordo entre o PS e o Governo, em torno da consolidação financeira do Estado. Em declarações ao SOL, o líder da UGTdefende o chumbo do Orçamento do Estado para 2012 se o documento trouxer mais austeridade.
«Tem que se resistir à troika. Se houver um reforço da austeridade isso tem que ter consequências. O PS deve votar contra», diz o líder da central sindical que assinou com o Governo, em Janeiro, o acordo de concertação social. «Acho que o PS não deve estar condicionado no seu voto. É útil à democracia que haja um contraponto ao PSD», acrescenta.
Quanto à concertação social, apesar dos conflitos em torno da contratação colectiva (o Governo tem travado a assinatura das portarias de extensão), Proença diz que é fundamental. «Tem beneficiado até o Governo. É o grande argumento para dizer não a medidas que a troika gostaria de aplicar cá».
Numa altura em que os socialistas discutem a posição a tomar perante o próximo Orçamento, Proença está em colisão com Vital Moreira. O eurodeputado defendeu ser «muito arriscado votar contra» o OE 2013. Isto porque, explicou em entrevista ao Jornal de Negócios, esse voto podia ser interpretado como «um voto contra a consolidação orçamental».
Há um ano, foi precisamente a imagem de responsabilidade que levou o PS a abster-se e alguns deputados a defender até o voto a favor, contra a opinião da maioria. João Soares, foi um deles. Por uma questão de coerência com o seu passado, «oPSdeve, no mínimo, abster-se», afirmou então. Agora diz que os socialistas já não têm a mesma pressão para votar o OE.
«A abstenção foi importante, sobretudo para fora, para dar um sinal de estabilidade à Europa e à troika. Mas entretanto houve uma evolução muito grande. Sarkozy, o parceiro de Merkel, foi derrotado por François Hollande, que ganhou as eleições em França, com um discurso parecido com o de António José Seguro». Na Bélgica e na Irlanda os governos são socialistas também, sublinha.
Acresce que, internamente, o Governo aparece desgastado: «Aplicaram políticas que foram o contrário do que defenderam em campanha e com os resultados negativos que estão à vista». Sendo assim, o voto contra não terá o mesmo efeito.
João Soares apela à responsabilidade, enquanto não for conhecida a proposta. «Seguro faz bem quando diz que o PS não pode defender na oposição o que não poderia aplicar no Governo», explica. Mas também não teme o efeito do voto contra, como Vital Moreira. «Não sou um homem de grandes sustos», diz.
Há um ano, como João Soares, também Vitalino Canas defendeu a viabilização do Orçamento. «Não tenho motivos para ter mudado de posição», diz ao SOL. Mas chama a atenção para uma terceira via. «OPS pode viabilizar o Orçamento globalmente, mas isso não implica uma atitude de tudo ou nada». Pode «por todos os meios combater as medidas mais violentas», afirma, dando o seu próprio caso como exemplo: «Não me inibi de pedir a fiscalização do OE pelo Tribunal Constitucional».
Quem mudou de posição foi Francisco Assis, que há um ano defendeu que o PS«tinha a obrigação de se abster do OE independentemente do conteúdo do mesmo». Desta vez, «em fidelidade ao mesmo princípio da responsabilidade política e institucional», afirma (em artigo no Público) que se o PSD «insistir» na linha «de arrogância, dogmatismo e prepotência, não restará outra alternativa que não seja a de deixar clara, através do voto, a sua demarcação».

Fonte: SOL
 
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