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Curiosity tem pouso perfeito e inicia busca por vida em Marte

Fonsec@

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Jipe robô da Nasa pousou às 2h31 desta segunda na superfície do planeta vermelho em uma demonstração espetacular da engenhosidade humana.

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Imagem divulgada pela Nasa mostra momento do pouso do jipe robô Curiosity em Marte - Nasa/AFP

Não poderia ter sido melhor. O Curiosity, o maior e mais complexo veículo já enviado a outro planeta, pousou às 2h31 desta segunda-feira em Marte, dando início à mais audaciosa missão ao planeta vermelho desde os anos 1970. Os cientistas vão procurar por sinais de vida no mundo mais parecido com a Terra dentro do Sistema Solar.

A complicada operação de pouso, que quase provocou ataques de coração nos engenheiros que acompanhavam o Curiosity a partir do centro de controle da Nasa, foi perfeita. Tão perfeita, aliás, que o jipe pousou a apenas dois quilômetros do alvo original. Pode parecer muito, mas em operações do tipo isso significa "na mosca". Parecia inacreditável. Até o engenheiro Mike Sanders, o idealizador da missão, estava com muito medo de tudo dar errado.

A sala de controle da Nasa, na Califórnia, estava praticamente em silêncio durante toda a operação de pouso. Quarenta engenheiros aguardavam ansiosos pela confirmação de que o jipe havia chegado seguramente na superfície de Marte. Adam Selztner, líder da sequência de pouso, era o único que andava de um lado para o outro, dizendo palavras de motivação à equipe. A sala veio praticamente abaixo quando um dos engenheiros disse no rádio: "pouso confirmado". Uma explosão de gritos, abraços e uma sensação absoluta de alívio.

Feito inédito - Alívio porque o pouso era arriscado demais. "É algo que nunca fizemos antes", diz o engenheiro paulista Nilton Rennó, que ajudou a construir a 'estação meteorológica' a bordo do Curiosity. Rennó acompanhou a sequência de pouso do jipe em Marte dentro do centro de controle do JPL (Jet Propulsion Laboratory, a fábrica de robôs da Nasa, berço do Curiosity). "As pessoas estão muito emocionadas, nunca vi algo assim", diz em entrevista ao site de VEJA.


A madrugada desta segunda (fim de noite na Califórnia) entrará para a história por vários motivos. A humanidade conseguiu demonstrar que consegue lançar e pousar um veículo do tamanho de um carro de passeio na superfície de outro planeta com muita precisão. É um passo importantíssimo caso ainda se queira colonizar outros mundos. Além disso, o sucesso da missão representa um fôlego a mais para a exploração científica de Marte. Em tempos de crise, nada melhor do que uma injeção de ânimo por meio de um verdadeiro espetáculo da engenhosidade humana para sensibilizar políticos pela aprovação de dinheiro público para missões espaciais.
10 anos - Marte agora receberá a atenção dos terráqueos por pelo menos mais dez anos, tempo previsto para a missão do Curiosity. A missão vai também pavimentar o caminho para futuras expedições tripuladas. Vários dos instrumentos do Curiosity servem para medir o ambiente marciano e definir quão hostil ele é para os seres humanos.

O trabalho científico deve começar imediatamente. Segundo Rennó, as equipes se reunirão nesta segunda-feira de manhã para definir o plano de ação no planeta vermelho. "Durante os primeiros dias vamos testar os instrumentos, ver se está tudo dentro do normal", diz. "Vai demorar alguns dias para colocar o jipe em movimento". É possível, contudo, que Curiosity comece seu passeio pela cratera Gale, na região equatoriana de Marte, antes do esperado. De acordo com as primeiras fotos enviadas, o jipe pousou em uma área plana, praticamente sem pedras. "Talvez isso adiante as coisas", explica Rennó.

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Curiosity: como foram os 'sete minutos de terror' em Marte

Depois de 8 meses e meio de viagem e US$ 2,5 bilhões gastos ao longo de 10 anos, missão da Nasa busca pistas da existência de vida no planeta vermelho

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O jipe Curiosity é o maior já lançado a Marte. Tem uma tonelada e custou 2,5 bilhões de dólares (Divulgação)


O jipe espacial Curiosity pousou como planejado na superfície de Marte. Depois de oito meses e meio de viagem e 2,5 bilhões de dólares gastos ao longo de quase 10 anos, a missão "Mars Science Laboratory" representa o retorno da ciência humana ao planeta vermelho em grande estilo. O veículo é o maior e mais complexo já lançado para qualquer planeta. Seus dez instrumentos foram especificamente projetados para dois objetivos nada modestos: descobrir se Marte é ou já foi habitado por formas de vida e pavimentar o caminho para futuras missões tripuladas. Para chegar na superfície de Marte, foi preciso vencer a sequência de pouso, uma complicada e delicada série de tarefas automáticas que durou "sete minutos de terror", como classificaram os cientistas, do topo da atmosfera até o solo.

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